Arranca-me os olhos
Arranca-me os olhos, e ainda te poderei ver.
Arranca-me os tímpanos, e ainda te poderei ouvir.
Sem pés, ainda poderei caminhar para ti.
Sem língua, poderei invocar-te a qualquer hora.
Arranca-me os braços, poderei abraçar-te
e agarrar-te com o coração, como se a mão fosse.
Pára meu coração e meu cérebro baterá com a mesma fidelidade.
E se meu cérebro incendiares,
então em meu sangue te carregarei.
Arranca-me os tímpanos, e ainda te poderei ouvir.
Sem pés, ainda poderei caminhar para ti.
Sem língua, poderei invocar-te a qualquer hora.
Arranca-me os braços, poderei abraçar-te
e agarrar-te com o coração, como se a mão fosse.
Pára meu coração e meu cérebro baterá com a mesma fidelidade.
E se meu cérebro incendiares,
então em meu sangue te carregarei.
Fonte: Peters, H. F. 1986 [1962]. Lou: minha irmã, minha esposa. RJ, Jorge Zahar. Poema publicado em livro em 1905.
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