Dezenove do oito de mil novecentos e setenta & quatro
Não entendo nada desta
janela fechada
que me aperta a culpa
Doer não dói mais,
nem sangra –
Consegui o que queria:
ser despedida, ficar
perdida
falida & alone
olhando o papel da
Comédia.
Sei que me chamam Bel
Mel de paixão
sugado da boca louca
de onde sangra o coração
e chora a hora
do leito vazio
da falta de peito
do jeito do beijo
fácil, difícil, sutil.
A verdade é que vivo a
mil
sonhando a morte em
azul-anil.
Fonte: Hollanda, H. B.,
org. 2001 [1976]. 26 poetas hoje, 4ª
edição. RJ, Aeroplano.
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