A norma adaptativa
Bryan Shorrocks
Quando examinamos o
processo adaptativo, torna-se claro que existem dois tipos bem diferentes se
seleção natural atuando: um tipo elimina a variação genética das populações e o
outro tende a promover a variação genética.
Darwin compreendia a seleção
como um processo purificador, como a sobrevivência do tipo melhor adaptado.
[...]
A importância dada pelos
biólogos a estas formas de seleção levou a dois pontos de vista radicalmente
diferentes sobre a diversidade genética em populações naturais. Estas idéias
sobre estrutura de população e natureza da norma adaptativa foram chamas de
hipóteses ‘clássica’ e de ‘balanceamento’ [...].
A teoria clássica
Esta teoria pressupõe que os alelos podem ser convenientemente divididos no tipo selvagem ‘normal’, que é o comum, e no mutante raro. Os indivíduos são homozigotos para o gene selvagem em praticamente todos os locos; os alelos mutantes estão presentes somente em pouquíssimos locos, onde produzem a condição de heterozigose. A maioria destes alelos mutantes, ou variedades, é deletéria e a seleção direcional estará constantemente removendo-os de um modo purificador. [...]
A teoria de balanceamento
Na sua forma mais extrema [...], a teoria do balanceamento postula que a maioria dos indivíduos de populações que se [entrecruzam] sexuadamente será heterozigota em quase todos os seus locos. A única exceção serão os filhos de pais estreitamente aparentados (endocruzamento). Segue-se desse postulado que o número de alelos alternativos em cada loco deve ser grande, caso contrário a segregação [mendeliana] produziria um alto grau de homozigose. [...]
Fonte: Shorrocks, B.
1980. A origem da diversidade. SP, TA
Queiroz & Edusp.
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