O órgão vomeronasal
Milton Hildebrand & George E. Goslow Jr.
O órgão vomeronasal foi
descrito em 1813 pelo anatomista dinamarquês L. Jacobson, mas permaneceu
intrigante durante 150 anos. Há tempo considerava-se que fosse uma parte um
tanto distinta do epitélio olfatório, sendo o motivo de sua separação indefinido.
No entanto, o órgão vomeronasal difere do órgão olfatório quanto à estrutura
fina: às moléculas às quais responde; por possuir seus próprios nervos que
terminam num bulbo adjacente ao bulbo olfatório, porém separado dele; e por
projetar-se independentemente até a amígdala e o hipotálamo neuroendócrino. Nos
mamíferos, a estimulação do órgão inicia a liberação de hormônios relacionados
com os hormônios luteinizante e prolactina, afetando essencialmente a corte, o
acasalamento, o cuidado maternal e a agressão. Serpentes, anfisbênios e muitos
lagartos possuem língua bífida, chicoteada para dentro e para fora da boca,
para cima e para baixo, tocando freqüentemente o substrato. As extremidades bem
espaçadas da língua testam o ambiente químico em diferentes pontos e emitem
independentemente seus estímulos à parte rostral da boca onde alcançam [o par
de] órgãos vomeronasais. Isso capacita o animal a localizar as margens da presa
ou de um animal co-específico e, portanto, de segui-lo ao longo de uma trilha
de odores feita por eles.
[...]
Fonte: Hildebrand, M. & Goslow, G. E., Jr. 2006.
Análise da estrutura de
vertebrados, 2ª edição. SP, Santos.
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