Maranhão e Mariana são dois mares
Francisco Xavier da Silva
Maranhão e Mariana são
dois mares
Que por mar cada um deles
principia:
Mariana mar de gosto, de
alegria;
Maranhão mar de dores, de
pesares.
De uma e outra paixão,
como exemplares,
Cada qual no seu nome
traz a guia;
Ele a Mara passando, ela
a Maria,
No amargor, na doçura
singulares.
A inteireza do I figura é
clara
De insigne Bago do Pastor
de Jetro,
Quando assiste em Mariana
e deixa a Mara.
E sem Bago, ou com ele,
soa o metro,
No Maranhão de pena Lira
amara,
Em Mariana de glória doce
plectro.
Fonte: Martins, W. 1977. História da inteligência brasileira,
vol. 1. SP, Cultrix & Edusp. Poema publicado em livro em 1749.
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