Fidedignidade dos testes
Heraldo Marelim Vianna
O desenvolvimento de
qualquer atividade científica depende da perfeição dos seus instrumentos de
medida. O problema, na área das ciências físicas, foi apresentado por Kelvin
(1883), ao afirmar: “Quando se pode medir aquilo sobre o que se está falando e
expressá-lo em números, algum conhecimento se possui; mas quando não se pode
medi-lo, quando não se pode expressá-lo numericamente, o conhecimento é escasso
e insatisfatório; pode ser um princípio de conhecimento, mas o pensamento,
qualquer que seja o assunto, quase não progrediu na direção do estágio
científico”.
O problema da mensuração
e, consequentemente, o da perfeição das medidas, só passou a constituir objeto
de preocupação das ciências do homem em dias mais recentes, inclusive na área
educacional, com evidente prejuízo para o seu progresso.
As medidas educacionais
são frequentemente usadas como ponto de partida para a formulação de
julgamentos sobre o desempenho escolar dos estudantes e outros tipos de
decisão, que afetam a sua vida e o seu futuro.
Esse julgamento,
entretanto, carece de valor se não se baseia em elementos quantitativos
merecedores de confiança, que, por sua vez, dependem do grau de confiança dos
instrumentos utilizados. Sem instrumentos dignos de confiança (fidedignos) não
são obtidos escores merecedores de confiança nem é possível expressar um
julgamento que seja confiável [...].
[...]
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home