A conferência de Asilomar
Nicholas Wade
Pelo menos uma nota de pé
de página na história da ciência será reservada para o encontro que teve lugar
de 24 a 27 de fevereiro de 1975, no centro de conferências de Asilomar, em
Pacific Grove, Califórnia. Asilomar é uma capela abandonada e emoldurada pelos
pinheirais que bordejam o oceano. Seus terrenos fazem parte da área de
hibernação para a população de borboletas-monarcas (Danaus archippus) da Costa Oeste dos Estados Unidos.
Não precisamente
monarcas, mas pelo menos paladinos em seu mundo especial, os diretores de
laboratórios de pesquisas e árbitros da moda científica afluíram a Asilomar de
todos os quadrantes do mundo: Inglaterra, Alemanha e França; Rússia, Japão e
Austrália; Canadá, Holanda, Itália, Bélgica, Suécia e Dinamarca.
Os noventa cientistas
americanos e cinquenta de outros países tinham-se reunido para discutir não as
implicações éticas ou a longo prazo da junção de genes, mas uma questão prática
específica: se os experimentos com ADN recombinante apresentavam ou não um
risco para a saúde dos pesquisadores ou do público em geral.
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