O raio do núcleo atômico
Robert Eisberg & Robert Resnick
Por volta de 1910,
acumularam-se inúmeras evidências experimentais de que os átomos contêm
elétrons (por exemplo, o espalhamento de raios X por átomos, o efeito
fotoelétrico etc.). Estas experiências davam uma estimativa para Z, o número de elétrons em um átomo,
como sendo aproximadamente igual a A/2,
onde A é peso atômico químico do
átomo considerado. Como normalmente os átomos são neutros, eles devem também conter
uma carga positiva igual em módulo à carga negativa de seus elétrons. Portanto
um átomo neutro tem uma carga negativa –Ze,
onde –e é a carga do elétron, e
também uma carga positiva de mesmo valor em módulo. O fato de que a massa do
elétron é muito pequena se comparada com a de qualquer átomo, mesmo com a do
mais leve, implica que a maior parte da massa do átomo deve estar associada à
carga positiva.
[...]
No modelo de Rutherford
para a estrutura do átomo, todas as cargas positivas desse átomo, e
consequentemente toda a sua massa, [estão supostamente] concentradas em uma
pequena região no centro chamada núcleo.
Se suas dimensões forem suficientemente pequenas, uma partícula α que passe bem perto deste núcleo poderá
ser espalhada, devido a uma forte repulsão coulombiana em um grande ângulo ao
atravessar um único átomo. Se, em vez
de usarmos r’ = 10–10 m
para o raio da distribuição de cargas positivas do átomo de Thomson, o que dá
um ângulo de deflexão máxima θ ≈ 10–4
rad, tentarmos saber qual deveria ser o raio r’ de um núcleo para obtermos θ
≈ 1 rad, por exemplo, encontraríamos r’
= 10–14 m. Isto, como veremos, será uma boa estimativa do raio do
núcleo atômico.
[...]
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