18 novembro 2016

Laranja

Maria Teresa Horta

Rosa branda na espuma
do meio-dia
com janelas abertas nas laranjas

e um risco de sombra
sobre a cal
traçado devagar como uma franja

Meu claustro de musgo
e de fermento
onde o ferro se perde de humidade

Onde o tempo se inventa
noutro tempo
feito de musgo – framboesa
e carne

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1975.

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