Uma vez o amor, entre as rosas
Anacreonte
Uma vez o amor, entre as
rosas,
Viu uma abelha que dormia,
Mas foi mordido.
E tendo sido picado
Começou a chorar...
E correndo e abrindo
As asas inteiramente,
À adorável Citéria disse:
Mãe, estou arruinado...
Estou arruinado e estou
morrendo,
Uma minúscula serpente
voadora,
Que os camponeses chamam
de abelha,
Picou-me.
Disse ela: se a ferroada
De uma abelha te fere,
Quanto sofrerão, Amor, os
que tu
Feriste com tuas flechas.
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