11 março 2019

Não há presidente


Não há presidente. Alguém jogou um pano de chão sujo e torcido para dentro do Palácio do Planalto e ele está lá, secando...

O país está no piloto automático.

Na última terça-feira (5/3), por exemplo, ouvi o Paulo Roberto de Almeida (exonerado do cargo de diretor do IPRI) dizer que o Itamaraty está ‘congelado’, com o seu corpo de técnicos e burocratas desnorteados, sem saber o que fazer ou para onde ir. (E olha que, das repartições federais com sede em Brasília, o Itamaraty talvez seja a mais bem qualificada de todas. Mais que o CNPq, por exemplo.)

Confesso, porém, que não esperava outra coisa.

Os sinais de confusão mental emitidos por JB – sem falar dos três filhos mais velhos, Huguinho, Zezinho & Luisinho – são claros e antigos.

Exemplo 1. Em 2003, houve o escandaloso bate-boca com a deputada Maria do Rosário. Triplamente escandaloso, eu diria: (1) pelo tom de voz e pelos gestos com as mãos; (2) pela ameaça de estupro; e (3) terceiro (e já dando pistas de ser alguém sexualmente volúvel; sensu Alfred Kinsey), por sustentar que a deputada seria feia e, portanto, indigna de estupro. (Só sendo cego ou tendo aversão a mulheres para dizer que Maria do Rosário e Dilma Rousseff são mulheres feias.)

Exemplo 2. Em 2016, houve o episódio do cartaz (transcrevo): “Queimar rosca todo o dia!”, erguido por ele e endereçado ao ex-deputado Jean Wyllys.

Ambos os episódios – é bom lembrar – ocorreram em dependências do Congresso Nacional. Ora, a pergunta óbvia que surge então é a seguinte: Por que um exame de sanidade mental não foi sugerido já em 2003? Ou em 2016?

E uma dúvida eleitoral-existencial: Como foi possível (a rigor, tenho alguns palpites) que gente como JB (e, mais recentemente, seus filhos) tenha conseguido engambelar tantos eleitores cariocas (e brasileiros, no caso da eleição presidencial), durante tanto tempo?

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