Movimento do vírus na planta
Rita de Cássia Pereira Carvalho
A primeira etapa do processo de infecção viral consiste na entrada do vírus em uma célula hospedeira. Em células de animais e humanos a entrada é feita pelo processo conhecido como endocitose, ou por fusão das membranas, necessitando para isto do reconhecimento de proteínas virais (ligantes) por proteínas da hospedeira (receptores). Um exemplo bem conhecido é o reconhecimento das proteínas do envelope do retrovírus HIV por receptores CD4 e correceptores CCR5 ou CXCR4, presentes nas células hospedeiras daquele vírus, os linfócitos T. A interação entre estas proteínas (proteínas do envelope do vírus, CD4, CCR5 e CXCR4) desencadeia a fusão da membrana viral com a membrana da célula hospedeira e então proteínas, enzimas e RNA viral alcançam o citoplasma da célula.
Na célula vegetal, este reconhecimento inicial não ocorre do mesmo modo, uma vez que a entrada do vírus ocorre, basicamente, por vetores ou por ferimentos, dada a presença da parede celular. No caso da transmissão por vetor é necessário que haja reconhecimento de proteínas virais por proteínas do vetor [...]. A transmissão tanto por vetores quanto por ferimentos, desempenha importante papel na disseminação de espécies virais na natureza ocorrendo de planta a planta, entretanto o movimento dos mesmos no interior das células depende de interações compatíveis entre proteínas da hospedeira e proteínas virais.
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Fonte: Medeiros, R. B. et al. 2015. Virologia vegetal. Brasília, Editora UnB.
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