Berço
B. Lopes
Recordo: um largo verde e uma igrejinha.
Um sino, um rio, um pontilhão, e um carro
De três juntas bovinas, que ia e vinha
Rinchando alegre, carregando barro...
Havia a escola, que era azul e tinha
Um mestre mau, de assustador pigarro...
(Meu Deus! que é isto? que emoção a minha
Quando estas cousas tão singelas narro?)
Um mestre mau, de assustador pigarro...
(Meu Deus! que é isto? que emoção a minha
Quando estas cousas tão singelas narro?)
Seu Alexandre, um bom velhinho rico,
Que hospedara a Princesa; o tico-tico
Que me acordava de manhã, e a serra...
Que hospedara a Princesa; o tico-tico
Que me acordava de manhã, e a serra...
Com o seu nome de amor Boa Esperança,
Eis tudo quanto guardo na lembrança
Da minha pobre e pequenina terra!
Fonte (primeira estrofe): Cunha, C. 1976. Gramática do português contemporâneo, 6ª ed. BH, Editora Bernardo Álvares. Poema publicado em livro em 1901. ‘B. Lopes’ é assinatura literária de Bernardino [da Costa] Lopes.
Eis tudo quanto guardo na lembrança
Da minha pobre e pequenina terra!
Fonte (primeira estrofe): Cunha, C. 1976. Gramática do português contemporâneo, 6ª ed. BH, Editora Bernardo Álvares. Poema publicado em livro em 1901. ‘B. Lopes’ é assinatura literária de Bernardino [da Costa] Lopes.
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