Sei lá se há estrelas!
José Gomes Ferreira
(Viva esta espontaneidade tão boa!)
Daqui não as vejo.
Qualquer dia hei-de ir vê-las
ao rio Tejo.
Não no céu tão longe e incerto
onde a custo as descobrimos,
mas a brilharem mais perto
nas águas de treva e limos.
Só assim desse modo
consigo entendê-las
Caídas no lodo
é que são estrelas.
Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1961.
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