Domesticação de plantas e genomas
Fernanda Bered
Diversos estudos moleculares, realizados nos últimos anos, têm confirmado as teorias sobre a domesticação de plantas. Os genomas, atualmente, são foco de estudo em grupos de pesquisa no mundo inteiro. Uma questão que é bastante discutida é a variação do tamanho dos genomas vegetais. Em angiospermas, os genomas têm valores extremos de 100 megabases (Mb) em Arabdopsis thaliana e 110.000 Mb em Fritillaria assyriaca. Sabe-se que o aumento do genoma não está diretamente relacionado com a complexidade do mesmo, o que é denominado paradoxo do valor C. O aumento dos genomas pode estar relacionado à poliploidia (ocorrente em aproximadamente 80% das angiospermas), sequências repetitivas e elementos de transposição. Emboras existam essas diferenças em termos de quantidade de DNA, diversos grupos vegetais como as gramíneas conservam uma grande colinearidade (sintenia) entre os seus genomas. Atualmente, estudos moleculares vêm sendo realizados no sentido de mapear comparativamente os genomas vegetais, identificando espécies ancestrais e descendentes. determinando sequências conservadas e contribuindo para estudos evolutivos das diferentes espécies.
Fonte: Bered, F. 2003. In: Freitas, L. B. & Bered, F., orgs. Genética & evolução vegetal. Porto Alegre, Editora da UFRGS.
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