17 outubro 2022

A expansão da pandemia em terras brasileiras está no patamar mais baixo desde o início da crise

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 10 e 16/10, as taxas ficaram em 0,0122% (casos) e 0,0063% (mortes). Em relação aos valores da semana anterior, ambas tornaram a cair, atingindo agora o patamar mais baixo desde o início da crise. São notícias auspiciosas. Mas não significam que a pandemia esteja no fim. (Na Alemanha, por exemplo, mais de 68 mil casos estão a ser registrados diariamente; já nos EUA, mais de 400 mortes estão a ser registradas todos os dias.) Máscaras e vacinas devem continuar na ordem do dia, sobretudo no interior de recintos fechados.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas na noite de ontem (16/10) [1], eis um resumo da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 624.690.670) e 69% das mortes (de um total de 6.567.445) [3].

(B) – Nesses 20 países, 449 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 97% dos casos. Em escala global, 609 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista está a ser liderada pela Alemanha, com 1,93 milhão de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda a França (1,3 milhão), Estados Unidos (1,28), Taiwan (1,21) e o Japão (1,11). O Brasil (177 mil) está agora na 12ª colocação; e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos Estados Unidos (11,4 mil); em seguida aparecem Rússia (2,82 mil), Alemanha (2,49), Japão (2,23) e Brasil (1,94).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 10-16/10.

Ontem (16/10), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 380 casos e 2 mortes. Teríamos chegado assim a um total de 34.749.058 casos e 687.155 mortes.

Na semana encerrada ontem (10-16/10), foram registrados 29.551 casos e 304 mortes. Em relação aos números da semana anterior, ambos caíram (3-9/10: 39.974 casos e 531 mortes).

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,0165% (3-9/10) para 0,0122% (10-16/10) (ver a figura que acompanha este artigo) [4].

A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, caiu de 0,0110% (3-9/10) para 0,0063% (10-16/10).

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FIGURA. Comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 16/10/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

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4. CODA.

As taxas de casos e mortes tornaram a cair, atingindo agora os valores mais baixos desde o início da crise.

São notícias auspiciosas. Mas não significam que a pandemia esteja no fim. (Na Alemanha, por exemplo, mais de 68 mil casos estão a ser registrados diariamente; já nos EUA, mais de 400 mortes estão a ser registradas todos os dias.)

Máscaras e vacinas devem continuar na ordem do dia, sobretudo no interior de recintos fechados. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 11 grupos: (a) Entre 95 e 100 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 35 e 40 milhões – França; (d) Entre 30 e 35 milhões – Brasil e Alemanha; (e) Entre 25 e 30 milhões – Coreia do Sul; (f) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido, Itália, Japão e Rússia; (g) Entre 15 e 20 milhões – Turquia; (h) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (i) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã e Austrália; (j) Entre 8 e 10 milhões – Argentina e Países Baixos; e (k) Entre 6 e 8 milhões – Irã, Taiwan, México e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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