Nel mezzo del cammin...
Guimarães Passos
Seguimos pelo escuro... De mansinho,
Pé aqui, pé ali, seguindo vamos.
Que importa o mundo, se nos adoramos,
Se o ódio humano não vale um teu carinho?
Mais nos unimos quanto mais andamos,
E tudo o que tu pensas adivinho.
Alumiam teus olhos o caminho
E mais seguimos e nos estreitamos.
Pelas trevas é tudo um mar de rosas.
Ai! quem nos diz se a luz não nos aguarda
De improviso passagens perigosas!
Queres voltar? Hesitas? Desta sorte
Mais unidos sigamos e não tarda
Que eu ache a vida em sua própria morte.
Fonte (v. 13 e 14): Cunha, C. 1976. Gramática do português contemporâneo, 6ª ed. BH, Bernardo Álvares. Poema publicado em livro em 1891.

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