29 novembro 2025

Afiliação

Stanley Schachter

[Evans] Dr. Schachter, embora o seu trabalho mais recente tenha seguido outras direções, seus primeiros esforços no campo da psicologia social são ainda largamente discutidos nos compêndios introdutórios e de psicologia social. Uma área de particular interesse é a do seu trabalho sobre afiliação. O que o levou a esta linha de pesquisa? Como foi que começou a se interessar pela necessidade de afiliação?

[Schachter] Eu havia trabalhado com Leon Festinger e Kurt Lewin em todo esse assunto de influência social, comparação social, como as pessoas avaliam suas opiniões, os determinantes sociais das opiniões e assim por diante. Simplesmente impressionou-me o fato de prestarmos muita atenção às consequências de estarmos com outras pessoas, e quase nenhuma ao fato de elas se darem ao trabalho de se associar, de modo geral. A psicologia social partiu da premissa de que as pessoas efetivamente se afiliam; elas se associam, elas realmente querem estar umas com as outras – e continuou desse ponto a examinar o que acontece quando elas estão juntas. Passei a ter muita curiosidade quanto ao porque, o motivo não óbvio, das pessoas quererem estar juntas, em geral.

Fonte: Evans, R. I. 1979 [1976]. Construtores da psicologia. SP, Summus & Edusp.

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