Barcas novas
Fiama Hasse Pais Brandão
En Lixboa, sobre lo mar
barcas novas mandei lavrar.
Ai, mia senhor velida!
En Lixboa, sobre lo ler
barcas novas mandei fazer.
Ai, mia senhor velida!
Barcas novas mandei lavrar
e no mar as mandei deitar.
Ai, mia senhor velida!
Barcas novas mandei fazer
e no mar as mandei meter.
Ai mia senhor velida! [João Zorro]
Lisboa tem suas barcas
agora lavradas de armas
Lisboa tem barcas novas
agora lavradas de homens
Barcas novas levam guerra
As armas não lavram terra
São de guerra as barcas novas
no mar deitadas com homens
Barcas novas são mandadas
sobre o mar com suas armas
Não lavram terra com elas
os homens que levam guerra
Nelas mandaram meter
os homens com sua guerra
Ao mar mandaram as barcas
novas lavradas de armas
Em Lisboa sobre o mar
armas novas são mandadas
Fonte: Melo e Castro, E. M. 1973. O próprio poético. SP, Quíron. Poema originalmente publicado em 1967.
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