Croquis
Janez Menart
O café. A mesa. O mármore
frio,
Palpável imagem da
passagem humana.
Na taça o conhaque; bem debaixo
da borda;
Numa poça, o líquido
derramado.
O indicador é pincel, o
líquido, paleta;
Desenho preguiçosamente
uma casinha, uma árvore.
Sobre a casa o sol, em
frente um banco
E a flor que junto à flor
floresce.
E ainda uma estradinha
que vem da casa
E uma bela mulher entre
as flores.
Repentinamente chega o
garçom,
Esfregando tudo,
espalhando tudo.
Observo como leva a
bandeja,
Sacudindo, aqui e ali, o
guardanapo.
E quase com tristeza, peço:
“Moço, mais uma taça, por
favor!”
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