07 março 2014

Radioatividade artificial

Maria José Aragão

Os átomos estáveis podem converter-se em átomos radioativos através da colisão com partículas a alta velocidade.

A primeira reação nuclear que foi produzida em laboratório foi efetuada por Lord Rutherford, em 1919, bombardeando nitrogênio com partículas α.

N14 + He4 → O17 + H1

A partícula α, como se viu, é descrita como associada a dois nêutrons e a dois prótons, que, na desintegração α, é emitida pelo núcleo de hélio. Então, na reação de Rutherford, um núcleo de nitrogênio reage com um núcleo de hélio que é lançado à alta velocidade sobre o primeiro, resultando dois novos núcleos, um de oxigênio com massa atômica 17 e um de hidrogênio com massa atômica 1, ou seja, um próton.

O núcleo de oxigênio 17 é estável, pelo que a reação nuclear não leva à produção de radioatividade artificial. Os cientistas começaram, então, uma pesquisa sistemática, bombardeando átomos com partículas α à grande velocidade.

Os primeiros trabalhos desenvolvidos com partículas α à alta velocidade foram feitos com o bismuto (Bi83), também chamado rádio C. Mas outros elementos sofrem reações idênticas, com a formação de núcleos instáveis, que, por sua vez, comportam-se como núcleos radioativos.
[...]

Fonte: Aragão, M. J. 2008. História da química. RJ, Interciência.

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