Radioatividade artificial
Maria José Aragão
Os átomos estáveis podem
converter-se em átomos radioativos através da colisão com partículas a alta
velocidade.
A primeira reação nuclear
que foi produzida em laboratório foi efetuada por Lord Rutherford, em 1919,
bombardeando nitrogênio com partículas α.
N14 + He4 → O17 + H1
A partícula α, como se viu,
é descrita como associada a dois nêutrons e a dois prótons, que, na desintegração
α, é emitida pelo núcleo de hélio. Então, na reação de Rutherford, um núcleo de
nitrogênio reage com um núcleo de hélio que é lançado à alta velocidade sobre o
primeiro, resultando dois novos núcleos, um de oxigênio com massa atômica 17 e
um de hidrogênio com massa atômica 1, ou seja, um próton.
O núcleo de oxigênio 17 é
estável, pelo que a reação nuclear não leva à produção de radioatividade artificial.
Os cientistas começaram, então, uma pesquisa sistemática, bombardeando átomos
com partículas α à grande velocidade.
Os primeiros trabalhos
desenvolvidos com partículas α à alta velocidade foram feitos com o bismuto (Bi83),
também chamado rádio C. Mas outros elementos sofrem reações idênticas, com a
formação de núcleos instáveis, que, por sua vez, comportam-se como núcleos
radioativos.
[...]
Fonte: Aragão, M. J. 2008.
História da química. RJ,
Interciência.
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