08 setembro 2014

Uma caracterização histórica do darwinismo

Felipe A. P. L. Costa

Poucos assuntos científicos rivalizam com a biologia evolutiva em termos do grau de interesse que despertam entre leitores e o público em geral. Não é de estranhar, portanto, que os holofotes da mídia estejam constantemente voltados para temas e assuntos próprios dessa área [...]. É preocupante perceber, no entanto, que boa parte do material produzido entre nós se caracteriza pelo tratamento superficial, pelo sensacionalismo ou pela elevada densidade de erros e mal-entendidos conceituais.

Tenho flagrado a ocorrência desses problemas em uma ampla variedade de obras, incluindo livros-textos, teses universitárias, artigos técnicos e de divulgação, além, claro, de uma grande quantidade de matérias e artigos publicados na mídia [...].

Em uma tentativa de organizar, equacionar e esclarecer alguns desses problemas, este artigo traça um esboço da história do darwinismo ao longo dos últimos 150 anos. Evitei, no entanto, indicar exemplos negativos. Ênfase é dada a três períodos históricos mais ou menos distintos, embora aqui frouxamente delimitados: o darwinismo primordial (1858-1889), o neodarwinismo (1892-1910) e a síntese evolutiva (1918-1950). Autores, obras e avanços que marcaram cada período são apresentados e resumidamente discutidos. Procurei minimizar o uso de jargão técnico, mas, em caso de dúvida, o leitor interessado no assunto deveria consultar algum livro-texto de biologia evolutiva [...].
[...]

Fonte: Costa, F. A. P. L. 2014. Uma caracterização histórica do darwinismo. Observatório da Imprensa, n. 814, em 2/9/2014 (acesso em 8/9/2014).

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