A malária
Richard C. Brusca & Gary J. Brusca
A malária humana é
conhecida desde a [Antiguidade], e descrições da doença são encontradas nos
papiros egípcios e hieróglifos dos templos (surtos seguiam-se as cheias anuais
do Nilo). A relação entre a doença e ‘terrenos pantanosos’ levou à crença de
que poderia ser adquirida ao respirar ‘mal ar’ (mala aria). [...]
Entre os muitos sintomas
da malária estão os paroxismos cíclicos, através dos quais o paciente sente
muito frio quando o hipotálamo (o termostato do corpo) é ativada; a temperatura
então sobe rapidamente até 40-41ºC. A vítima sofre de tremedeira intensa. Vômitos
e náuseas são comuns. Transpiração intensa sinaliza o final do estágio febril,
e a temperatura cai até o nível normal dentro de 2 a 3 horas; todo o paroxismo
está terminado dentro de 8 a 12 horas. Acredita-se que esses episódios são
estimulados pelo aparecimento de produtos residuais da alimentação do parasita
com eritrócitos, que são liberados quando as células sanguíneas se rompem.
Sintomas secundários incluem anemia derivada da destruição dos glóbulos
vermelhos. Em casos extremos da malária causada pelo [Plasmodium] falciparum,
rompimento em massa dos eritrócitos resulta em níveis elevados de hemoglobina
livre e de vários produtos catabólicos que circulam no sangue e na urina,
resultando em escurecimento destes fluídos e, assim, na condição conhecida como
‘febre da água preta’ (blackwater fever).
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home