Estigma
Dirceu Quintanilha
Vem de longe
o fogo.
Resta o ofício:
– Forjá-lo em ferro.
Eis o poema
de ferro e fogo
de sangue e terra.
Mas o verbo
nas mãos fechadas
desfaz-se em
cinzas.
Maldita marca
posta na carne
a ferro em brasa.
Fonte: Quintanilha, D. 1981. Arquiteto do silêncio. RJ, Fontana.
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