A discriminação contra a mulher
Jodi L. Jacobson
As mulheres de Sikandernagar, uma aldeia do estado indiano de Andra Pradesh, trabalham durante três turnos por dia. Acordam às 4 horas da manhã, acendem fogões, ordenham búfalos, varrem o chão, vão buscar água e alimentam suas famílias. Das 8 da manhã às 5 da tarde, removem ervas daninhas das plantações em troca de um magro salário. No início da noite, vagueiam à procura de galhos, brotos e folhas para lenha de seus fogões, verduras silvestres para alimentar seus filhos e grama para alimentar os búfalos. Finalmente, voltam para casa para preparar a janta e realizar as tarefas domésticas noturnas. Trabalhando para sustentar suas famílias, essas mulheres despendem a cada semana o dobro das horas gastas pelos homens da aldeia. No entanto, elas não são proprietárias da terra na qual trabalham e a cada ano, não obstante todos os seus esforços, acham-se mais pobres e menos capazes de fornecer aquilo de que suas famílias necessitam para sobreviver.
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Fonte: Jacobson, J. L. 1993. In: Brown, L. R., org. Qualidade de vida – 1993. SP, Globo.
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