Em trajetórias declinantes, as taxas de crescimento estão agora em 0,1389% (casos) e 0,0661% (mortes)
Felipe A. P. L. Costa [*].
RESUMO. – Este artigo atualiza os valores das taxas de crescimento (casos e mortes) publicados em artigo anterior (aqui). Entre 28/2 e 6/3, os valores ficaram em 0,1389% (casos) e 0,0661% (mortes). A taxa de casos caiu pela quinta semana consecutiva e a de mortes, pela terceira.
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1. O RITMO DA PANDEMIA NO PAÍS.
No domingo (6/3), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 15.961 casos e 216 mortes. Teríamos chegado assim a um total de 29.049.013 casos e 652.143 mortes.
Na semana encerrada no domingo (28/2-6/3), foram registrados 280.909 novos casos – uma queda de 50% em relação à semana anterior (21-27/2: 559.892).
Entre 28/2 e 6/3, infelizmente, foram registradas 3.009 mortes – uma queda de 38% em relação ao que foi anotado na semana anterior (21-27/2: 4.848). É a terceira queda consecutiva.
2. TAXAS DE CRESCIMENTO.
Os percentuais e os números absolutos referidos acima ajudam a descrever a situação. Todavia, para monitorar o ritmo e o rumo da pandemia [1], sigo a usar as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Ambas agora estão a declinar (ver a figura que acompanha este artigo).
Vejamos os resultados mais recentes.
A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,2812% (21-27/2) para 0,1389% (28/2-6/3) – é a sexta queda consecutiva [2, 3].
A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, caiu de 0,1071% (21-27/2) para 0,0661% (28/3-6/3) – é a terceira queda consecutiva.
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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 6/6/2021 e 6/3/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso. A elipse e a seta associada (em azul escuro) chamam a atenção para a queda na taxa de mortes observada nas últimas quatro semanas.
3. CODA.
As médias semanais das taxas de crescimento (casos e mortes) seguem em trajetórias declinantes. A taxa de casos caiu pela quinta semana consecutiva e a de mortes, pela terceira (ver a figura que acompanha este artigo).
São notícias auspiciosas.
Todavia, a questão com a qual a sociedade brasileira precisa lidar continua de pé, a saber: como assegurar que as taxas permaneçam em trajetórias declinantes? Ouso dizer que a resposta é relativamente simples e óbvia. E não custa repetir aqui o que já tive chance de escrever antes [4]: (1) ampliar a cobertura vacinal; e (2) manter de pé as medidas preventivas, notadamente o uso de máscara em espaços públicos e a cobrança do passaporte vacinal.
NOTAS.
[*] Há uma campanha de comercialização em curso envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.
[1] Para capturar e antever a dinâmica de processos populacionais, como é o caso da disseminação de uma doença contagiosa, devemos recorrer a um parâmetro que tenha algum poder preditivo. Não é o caso da média móvel. Mas é o caso da taxa de crescimento. Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver qualquer um dos três primeiros volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
[2] Entre 21/12/2021 e 6/3/2022 (para as semanas anteriores, ver aqui), as médias semanais exibiram os seguintes valores: (1) casos: 0,0345% (27/12-2/1), 0,1472% (3-9/1), 0,2997% (10-16/1), 0,6359% (17-23/1), 0,7576% (24-30/1), 0,6544% (31/1-6/2), 0,5022% (7-13/2), 0,3744% (14-20/2), 0,2812% (21-27/2) e 0,1389% (28/2-6/3); e (2) mortes: 0,0151% (27/12-2/1), 0,0196% (3-9/1), 0,0245% (10-16/1), 0,0471% (17-23/1), 0,0859% (24-30/1), 0,1212% (31/1-6/2), 0,1388% (7-13/2), 0,1320% (14-20/2), 0,1071% (21-27/2) e 0,0661% (28/2-6/3).
[3] Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver referências citadas na nota 1.
[4] Cabe ressaltar que o ritmo da vacinação caiu muito ao longo dos últimos meses. Levamos 34 dias (24/8-27/9) para ir de 60% a 70% da população com ao menos uma dose da vacina. (Hoje, 7/3, este percentual ainda está em 83%.) Antes disso, porém, levamos 25 dias (9/7-3/8) para ir de 40% a 50% e apenas 21 dias (3-24/8) para ir de 50% a 60%. Sobre os percentuais, ver ‘Coronavirus (COVID-19) Vaccinations’ (Our World in Data, Oxford, Inglaterra).
Como escrevi em ocasiões anteriores, uma saída rápida para a crise (minimizando o número de novos casos e, sobretudo, o de mortes) dependeria de dois fatores: (i) a adoção de medidas efetivas de proteção e confinamento; e (ii) uma massiva e acelerada campanha de vacinação.
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3. CODA.
As médias semanais das taxas de crescimento (casos e mortes) seguem em trajetórias declinantes. A taxa de casos caiu pela quinta semana consecutiva e a de mortes, pela terceira (ver a figura que acompanha este artigo).
São notícias auspiciosas.
Todavia, a questão com a qual a sociedade brasileira precisa lidar continua de pé, a saber: como assegurar que as taxas permaneçam em trajetórias declinantes? Ouso dizer que a resposta é relativamente simples e óbvia. E não custa repetir aqui o que já tive chance de escrever antes [4]: (1) ampliar a cobertura vacinal; e (2) manter de pé as medidas preventivas, notadamente o uso de máscara em espaços públicos e a cobrança do passaporte vacinal.
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NOTAS.
[*] Há uma campanha de comercialização em curso envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.
[1] Para capturar e antever a dinâmica de processos populacionais, como é o caso da disseminação de uma doença contagiosa, devemos recorrer a um parâmetro que tenha algum poder preditivo. Não é o caso da média móvel. Mas é o caso da taxa de crescimento. Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver qualquer um dos três primeiros volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
[2] Entre 21/12/2021 e 6/3/2022 (para as semanas anteriores, ver aqui), as médias semanais exibiram os seguintes valores: (1) casos: 0,0345% (27/12-2/1), 0,1472% (3-9/1), 0,2997% (10-16/1), 0,6359% (17-23/1), 0,7576% (24-30/1), 0,6544% (31/1-6/2), 0,5022% (7-13/2), 0,3744% (14-20/2), 0,2812% (21-27/2) e 0,1389% (28/2-6/3); e (2) mortes: 0,0151% (27/12-2/1), 0,0196% (3-9/1), 0,0245% (10-16/1), 0,0471% (17-23/1), 0,0859% (24-30/1), 0,1212% (31/1-6/2), 0,1388% (7-13/2), 0,1320% (14-20/2), 0,1071% (21-27/2) e 0,0661% (28/2-6/3).
[3] Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver referências citadas na nota 1.
[4] Cabe ressaltar que o ritmo da vacinação caiu muito ao longo dos últimos meses. Levamos 34 dias (24/8-27/9) para ir de 60% a 70% da população com ao menos uma dose da vacina. (Hoje, 7/3, este percentual ainda está em 83%.) Antes disso, porém, levamos 25 dias (9/7-3/8) para ir de 40% a 50% e apenas 21 dias (3-24/8) para ir de 50% a 60%. Sobre os percentuais, ver ‘Coronavirus (COVID-19) Vaccinations’ (Our World in Data, Oxford, Inglaterra).
Como escrevi em ocasiões anteriores, uma saída rápida para a crise (minimizando o número de novos casos e, sobretudo, o de mortes) dependeria de dois fatores: (i) a adoção de medidas efetivas de proteção e confinamento; e (ii) uma massiva e acelerada campanha de vacinação.
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