10 março 2022

Sistemas vivos

Peter Calow

Sistemas vivos são em geral separados de sistemas não vivos pelo modo como evitam as consequências da segunda lei da termodinâmica. A base para a persistência deles, a despeito das forças entrópicas do mundo, é a separação de um programa de instruções (genoma), termodinamicamente estável e protegido, em relação a uma parte funcional, metaestável e ativa (o fenótipo). Componentes fenotípicos danificados podem assim ser substituídos de acordo com as instruções genéticas e, quando isso falha, o sistema orgânico como um todo pode ser reproduzido a partir de cópias replicadas do genoma. O sucesso de tal processo depende da propriedade-chave da reciprocidade, a qual se manifesta pelo fluxo unidirecional de informações desde o genoma até o fenótipo e pelo controle da expressão do genoma em cada célula por meio de um sistema de conversão, não por meio da entrada de informação nova e detalhada.

Fonte (tradução livre): Calow, P. 1978. Life cycles. Londres, Chapman.

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