Quando uma rocha aflora
Brian T. Bunting
Quando uma rocha aflora à superfície da terra, é submetida à ação de agentes atmosféricos e biológicos. As primeiras etapas de sua transformação em solo se processam através de um crescente fragmentar por meio da desintegração física, como por hidratação e outras formas de decomposição química, mais complexas, o que não dá origem a um solo, mas cria apenas um manto de intemperismo, que constitui o material gerador de solos. Ao mesmo tempo que isso ocorre com as rochas, alguns de seus componentes, facilmente solúveis, contribuem para a nutrição de micro-organismos invasores. Estes últimos, com o transcurso do tempo, aumentam de vulto e complexidade de forma de vida, crescendo os efeitos que exercem sobre o referido manto de intemperismo.
A parte desse manto próxima à superfície é a mais afetada por tais organismos e pelos sucessivos vegetais superiores. É também a mais sensível às variações diárias e sazonais dos fatores climáticos. Estes é que primeiro influenciam o ritmo de formação do complexo de desintegração (mecânica) e decomposição (química). Em seguida, as condições de vida das plantas e organismos invasores e, por fim, o clima e os vegetais em conjunto condicionam a formação e diferenciação dos horizontes do solo e produzem um perfil de solo.
Fonte: Bunting, B. T. 1971 [1965]. Geografia do solo. RJ, Zahar.
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