26 agosto 2022

Taxas em declínio: Máscaras e vacinas seguem a vencer a guerra contra a inércia e a mentira


RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 15 e 21/8, as taxas ficaram em 0,0478% (casos) e 0,0233% (mortes). Ambas seguem a declinar: aquela caiu pela sétima semana consecutiva; esta, pela quinta. Continua de pé a hipótese de que essas quedas se devem à manutenção (ao menos por parte de uma parcela mínima da população) de hábitos básicos de higiene (em especial o uso de máscara).

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas no início da noite ontem (21/8) [1], eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 596.060.319) e 70% das mortes (de um total de 6.453.538) [3].

(B) – Nesses 20 países, 411 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 94% dos casos. Em escala global, 575 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista passou a ser liderada pelo Japão, com 5,77 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: Estados Unidos (3,11 milhões), Coreia do Sul (3,03), Alemanha (1,48) e Turquia (1,15). O Brasil (709 mil) está na 9ª colocação; e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (13,14 mil); em seguida aparecem Brasil (5,6 mil), Japão (4,96), Reino Unido (4,32) e Itália (3,86).

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 15-21/8/22.

Ontem (21/8), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 5.079 casos e 47 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 34.284.864 casos e 682.549 mortes.

Na semana encerrada ontem (15-21/8), foram registrados 114.578 casos e 1.112 mortes. (Na semana anterior, 8-14/8, foram 151.915 casos e 1.441 mortes.)

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Ambas seguem a recuar.

Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos tornou a cair, e a cair bastante, pois recuou de 0,0637% (8-14/8) para 0,0478% (15-21/8) (ver a figura que acompanha este artigo) [5].

A taxa de crescimento no número de mortes, pela primeira vez em muitas semanas, também caiu bastante, recuando de 0,0302% (8-14/8) para 0,0233% (15-21/8).

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FIGURA. Comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 21/8/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.

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4. CODA.

A taxa de casos tornou a cair, agora pela sétima semana consecutiva. A taxa de mortes recuou pela quinta semana consecutiva.

Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia. Afinal, seus efeitos estão a se impor. Seja contra a propagação continuada do vírus, seja contra a inércia e as mentiras de alguns governantes. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

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[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido, Coreia do Sul e Itália; (e) Entre 15 e 20 milhões – Rússia, Japão e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Austrália, Argentina e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Indonésia e Colômbia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: oito unidades federativas (DF, MA, MG, MT, RJ, RN, RR e TO) não divulgaram as estatísticas de domingo (21/8). Juntas, essas oito unidades respondem por 28% dos casos e 28% das mortes registradas em todo o país. O que me leva a estimar que ao menos 1.956 casos e 18 mortes deixaram de ser informados ontem (21/8).

[5] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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