14 novembro 2022

Até o fim do desgoverno de extrema-direita, ainda serão contabilizados mais 433 mil casos e 2,2 mil mortes

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 7 e 13/11, as taxas ficaram em 0,0252% (casos) e 0,0064% (mortes). Ambas tornaram a subir. É preocupante. Máscaras e vacinas devem continuar na ordem do dia, sobretudo no interior de recintos fechados.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas mundiais obtidas na manhã de hoje (14/11) [1], eis um resumo da situação.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 635.217.802) e 69% das mortes (de um total de 6.610.279) [3].

(B) – Nesses 20 países, 458 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 97% dos casos. Em escala global, 620 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (a) em números absolutos, a lista está a ser liderada pela Alemanha, com 1,425 milhão de novos casos; (b) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda o Japão (1,418), Coreia do Sul (1,086), Estados Unidos (1,053) e França (907 mil). O Brasil (162 mil) está agora na 12ª colocação; e (c) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos Estados Unidos (9,32 mil); em seguida aparecem Alemanha (4,17 mil), Rússia (2,1), Itália (2,0) e França (1,86). O Brasil (1,51) está agora na 9ª colocação.

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 7-13/11.

Ontem (13/11), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 994 casos e 4 mortes. Teríamos chegado assim a um total de 34.912.931 casos e 688.658 mortes.

Na semana encerrada ontem (7-13/11), foram registrados 61.481 casos e 310 mortes. Ambos os totais subiram em relação aos números da semana anterior (31/10-6/11: 26.584 casos e 256 mortes).

3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.

Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Ambas tornaram a subir. Vejamos os resultados mais recentes.

A taxa de crescimento no número de casos subiu de 0,0109% (31/10-6/11) para 0,0252% (7-13/11) (ver a figura que acompanha este artigo) [4].

A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, subiu de 0,0053% (31/10-6/11) para 0,0064% (7-13/11).

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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 19/6 e 13/11/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.)

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4. CODA.

A situação da pandemia em terras brasileiras é (mais uma vez) preocupante. O sinal amarelo está novamente ligado.

As taxas de casos e mortes tornaram a subir. No ritmo atual, o país irá contabilizar mais 433.415 casos e 2.174 mortes até o primeiro domingo de janeiro (1/1/2023). Em outras palavras, até fim do desgoverno de extrema-direita, os totais contabilizados chegarão a 35.346.346 casos e 690.832 mortes.

Máscaras e vacinas devem continuar na ordem do dia, sobretudo no interior de recintos fechados. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).

[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 11 grupos: (a) Entre 95 e 100 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 35 e 40 milhões – França e Alemanha; (d) Entre 30 e 35 milhões – Brasil; (e) Entre 25 e 30 milhões – Coreia do Sul; (f) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido, Itália, Japão e Rússia; (g) Entre 15 e 20 milhões – Turquia (estatísticas congeladas há mais de três semanas); (h) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (i) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã e Austrália; (j) Entre 8 e 10 milhões – Argentina, Países Baixos e Taiwan; e (k) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México e Indonésia.

[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

[4] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).

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