Como faíscam os relâmpagos?
Mary Fiess
Quando Benjamin Franklin
corajosamente empinou seu papagaio durante uma tempestade, em 1752, provou o
que a maioria dos outros cientistas contemporâneos dele apenas suspeitava:
raios realmente constituem uma faísca elétrica. Mas hoje os cientistas ainda
não sabem como se originam esses espetaculares lampejos.
Por que uma nuvem revolta
de repente se torna um gerador de alta voltagem expelindo faíscas que podem
riscar os céus por quilômetros? O mistério central é como enormes quantidades
de cargas positivas e negativas se desenvolvem e polarizam em partes do que
foi, originalmente, uma nuvem eletricamente neutra.
Encontrar a resposta,
entretanto, tem provado ser muito mais difícil que empinar um papagaio. “Uma
nuvem de trovoada é uma coisa tão grande que você realmente não consegue
examinar tudo de uma só vez”, diz Earle Williams, geofísico que estuda raios no
Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).
Muitos já tentaram. Os
cientistas já efetuaram vôos correndo risco de morte em balões à beira de
tempestades violentas para procurar as respostas. Já sobrevoaram em volta e
através de nuvens de trovoada. Usaram até foguetes para detonar raios. Mas, até
agora, esses esforços forneceram apenas vestígios do que acontece dentro de uma
nuvem de trovoada.
[...]
Fonte: Leigh, J. & Savold, D., orgs. 1991
[1988]. O dia em que o raio correu atrás da dona-de-casa... e outros mistérios da ciência. SP, Nobel.
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