08 outubro 2014

Phoneutria

Paulo C. Motta

A famosa aranha-armadeira; aranha grande, de 3 a quase 5 cm de corpo; lateralmente, com as pernas estendidas, pode atingir de 12 a 15 cm, ou mais. O nome popular é bastante apropriado, pois quando ameaçada, assume postura agressiva (‘armando o bote’). Levanta o corpo apoiando-se nos dois últimos pares de pernas, ergue as pernas anteriores, que possuem contrastes ventrais de claro e escuro, e expõe o abdômen ventral escuro com listras claras que convergem em direção às fiandeiras; também abre os ferrões e eriça os espinhos das pernas. Nesta posição, acompanha o movimento do agressor; é rápida, podendo dar pequenos pulos, e se defende atacando. As aranhas Phoneutria são consideradas as mais [peçonhentas] do mundo, título disputado com algumas aranhas australianas, como Atrax. No entanto, a picada raramente é mortal para os seres humanos, causando dor intensa local e generalizada, sudorese e pilo-ereção, podendo ocorrer febre, taquicardia, vômitos, vertigens, asfixia e priapismo (ereção duradoura). Estes efeitos, apesar de moderados a intensos, são passageiros, pois a grande maioria das vítimas (97%) se recupera dentro de um a três dias, sem necessidade de tratamento com soro. É a segunda aranha mais importante do Brasil, atrás de Loxosceles, sendo responsável por cerca de 30% dos acidentes.
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Fonte: Motta, P. C. 2014. Aracnídeos do cerrado. RJ, Technical Books.

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