A dança dos partidos
Correia de Almeida
Os dois estragadíssimos
partidos
ocupam a seu turno a
governança,
e nós imos vivendo de
esperança
de ver os nossos males
combatidos.
Os quinhões são de novo
repartidos,
toda vez que se dá
qualquer mudança;
se aquele outrora encheu,
este enche a pança
e os clamores do povo são
latidos.
Se as velhas leis têm
sido violadas,
estando nossas crenças
abaladas,
novas leis não darão
melhores normas.
Palavras eu não sei se
adubam sopa,
mas a fala do trono é que
não poupa
reformas e reformas e
reformas.
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