Transporte a longas distâncias
Emanuel Epstein & Arnold J. Bloom
[C]erca de 400 milhões de
anos atrás, as plantas começaram a sair de seu antigo lar aquoso e colonizar a
terra [...]. Nesse importante evento [evolutivo] [...], duas funções
previamente desempenhadas pelas mesmas células – a aquisição de carbono e a
aquisição de água e nutrientes minerais – tornaram-se separadas no espaço.
Parte da planta tinha [de] absorver água e nutriente do solo, onde ela era
privada de luz e, consequentemente, incapaz de realizar fotossíntese, enquanto
outra parte tinha [de] estar acima do solo, exposta à atmosfera e, por essa
razão, separada da fonte de água e minerais. Essa separação espacial das
funções de nutrição orgânica e inorgânica precisou da elaboração [evolutiva] de
estruturas e mecanismos para o transporte a longas distâncias, ou translocação,
de substâncias químicas. Alimentos orgânicos sintetizados como resultado da
fotossíntese tinham de ser transportados para as partes da planta confinadas ao
solo, enquanto a água e nutrientes inorgânicos adquiridos do solo tinham de ser
conduzidos aos órgãos fotossintetizantes superiores. Além disso, a elaboração
de um corpo de planta que se estende acima da superfície do solo, ‘alcançando o
sol’ [...], exigiu o desenvolvimento de elementos estruturais de suporte.
Finalmente, como a elaboração de um complexo corpo vegetal exigiu a integração
de regulação de muitos processos durante o crescimento e desenvolvimento,
surgiu a necessidade de transporte de hormônios e outros reguladores de
crescimento.
[...]
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