28 agosto 2017

A pedra e o relógio

William Paley

Cruzando uma charneca, suponhamos que eu tropeçasse numa pedra e me perguntassem como fora a pedra parar ali; eu poderia, possivelmente, responder que, tanto quanto eu saiba, ela ali tinha estado sempre; não seria muito fácil demonstrar o absurdo dessa resposta. Suponhamos que eu encontrasse no chão um relógio e me perguntassem como acontecera de estar ali o relógio; dificilmente eu poderia pensar na resposta dada antes, isto é, que o relógio poderia ter estado sempre ali. Por que, no entanto, a resposta não haveria de servir tanto para o relógio quanto para a pedra? Por que não seria admissível no segundo caso como no primeiro? [...]

Fonte: Hardin, G., org. 1967. População, evolução & controle da natalidade. SP, Companhia Editora Nacional & Edusp. O trecho integra o livro Natural theology or evidences of the existence and attributes of the deity (1802).

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