Autorretrato
José Geraldo
Nasci em Niterói, em maio. O dia
Era dezoito. Vinte e quatro o ano.
Não me queixo da vida e não me engano,
Dizendo não ser isso uma utopia.
Afirmo até que a cada desengano
– E é certo que um ou outro me aparece –
Opõe-se de venturas farta messe
E vou assim vivendo em alto plano.
A incerteza, na vida, me parece
Uma constante e, em meus anseios planos,
Busco o rumo que eleva e que enobrece.
Cultivo a madrugada e a Poesia.
Eu sou taurino – adorador de Vênus –
E Aldebarã é minha Estrela-guia.
Fonte: Horta, A. B. 2016. Do que é feito o poeta. Brasília, Thesaurus. Poema publicado em livro em 1996.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home