O nariz sabe, mas a ciência não
Adriana Reyneri
Narizes sempre tiveram problemas. Os boxeadores os amassam. Os médicos os remodelam. As pessoas fazem piadas sobre suas pouco lisonjeiras características. Pior ainda, quando chega a hora de cheirar, ninguém realmente os entende.
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“A ciência do olfato é tão empírica”, diz Robert Gesteland, um neurobiólogo da Universidade Northwestern, “que não há base de previsão para as experiências”. Diferentemente dos sentidos de visão, tato e audição, os estudos do olfato atraíram apenas uma pequena parte do interesse científico. Isso poderá mudar. Os pesquisadores esperam que a solução do mistério do olfato irá fazer progredir nossa compreensão do cérebro. A pesquisa do odor promete ajudar os médicos a diagnosticarem melhor os distúrbios de olfato e paladar que afetam dois milhões de norte-americanos. E, no futuro, tendo bastante conhecimento acerca do odor, será possível colocar em alimentos estranhos, não convidativos mas nutritivos, odores mais conhecidos, talvez desse modo ampliando os recursos mundiais de alimentação. Por enquanto, contudo, o que o nariz sabe ele não está revelando.
Fonte: Leigh, J. & Savold, D., orgs. 1991 [1988]. O dia em que o raio correu atrás da dona-de-casa... e outros mistérios da ciência. SP, Nobel.
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