A história da humanidade se confunde com a história das guerras. Deveríamos lutar para que se confundisse apenas com a história da literatura.
16 janeiro 2025
La producción animal
Colin Spedding
Los fines de la producción animal deben ser coherentes con los del sistema agrario del que forman parte, pero no tienen por qué ser los mismos. Esto se debe a que la producción animal, en el sentido biológico, tiene un papel dentro de los sistemas agrarios, tal como sucedía con la producción vegetal.
Por lo tanto, es conveniente considerar, en primer lugar, los objetivos particulares de la producción animal.
Objetivos de la producción animal
Se pueden agrupar en seis puntos principales:
1. Rendimiento: producción y funcionamiento. 2. Recolección de la producción vegetal. 3. Transformación de sustancias nutritivas. 4. Concentración de sustancias nutritivas. 5. Eliminación de materiales tóxicos. 6. Continuidad del suministro de alimentos. Fonte: Spedding, C. R. W. 1979. Ecología de los sistemas agrícolas. Madri, H. Blume.
According to G. Walter, the hot-climate regions comprise the following climatic zones: (1) equatorial, between 10° SL and 10° NL, with abundant rainfall (up to 2,000 millimeters and more per year), high air humidity (over 80%), and elevated mean temperatures (above 20 °C) which remain stable in different seasons; there are usually two rainy seasons in this zone which terminate for a short time; (2) tropical, to the north and south of the equatorial zone, about 30° NL and SL, with lower rainfall than in the previous zone (800-1,600 millimeters per year), lower air humidity (70-80%) and clearly distinct seasons, i.e. a rainy period in summer and an arid cool period (‘winter’); the temperature in the cold season almost never falls below 16 °C; (3) dry subtropical, with low rainfall and rather great seasonal fluctuations of temperatures; in summer they reach 40 °C while in winter they drop to 10 °C (light frosts are occasional in some years); (4) transitional, with a season of winter rains. The summer is very hot, and in winter the temperature goes down to 8 °C. Light early frosts occur more frequently than in the dry subtropical zone (the Mediterranean region, California in the USA, the south and south-west of Latin America). Fonte: Ustimenko-Bakumovsky, G. V. 1983. Plant growth in the tropics and subtropics. Moscou, Mir.
It’s important to pay attention to the words. Many of the lies that the venal media have let pass about the ongoing massacres in Palestine are based on the idea that Zionism and Semitism mean the same thing. And that is simply not true – strictly speaking, there is a gulf between the two terms.
The word Semitism derives from Semitic, a term that dictionaries characterize as follows: “Individual of the Semites, an ethnographic and linguistic family, originating in western Asia, and comprising the Hebrews, the Assyrians, the Aramaics, the Phoenicians, the Arabs.”
The term Zionism, in turn, can be defined as follows: “Jewish political and religious movement that began in the 19th century, which aimed to re-establish a Jewish State in Palestine, and which became victorious in May 1948, when the State of Israel was proclaimed.”
So, unlike Semitic, an umbrella term that designates more than 6% of the world’s population, the term Zionist designates an ideological affiliation, a political current.
Israeli rulers are deeply anti-Semitic. For example, racist ideas against Palestinians (and Arabs in general) are taught in schools and circulate openly in Israeli public opinion (e.g., Sayed Kashua: why I have to leave Israel). Based on the criminal occupation of Palestinian lands and a pile of corpses that never stops growing, Israeli society is today governed by what is perhaps the most racist, most paranoid, most cynical and most belligerent state in the world.
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PS. Full version of this article (in Portuguese) can be read here.
A mensagem importante tanto da locomoção como da sincronização é que os ritmos da natureza são muitas vezes ligados à simetria, e que os padrões que ocorrem podem ser matematicamente classificados pela invocação dos princípios gerais da quebra de simetria. Os princípios da quebra de simetria não respondem a todas as perguntas a respeito do mundo natural, mas fornecem uma estrutura unificadora, e muitas vezes sugerem novas questões interessantes. Em particular, colocam e respondem a seguinte questão: por que estes padrões e não outros?
A mensagem menos importante é que a matemática pode esclarecer muitos aspectos da natureza que normalmente não imaginamos como matemáticos. Esta é uma mensagem que remonta ao zoólogo escocês D’Arcy Thompson, cujo livro clássico mas independente On Growth and Form apresentou, em 1917, uma enorme variedade de evidência mais ou menos plausíveis do papel da matemática na geração da forma e do comportamento biológico. Numa época em que a maioria dos biólogos parece pensar que a única coisa interessante a respeito de um animal é a sua sequência de ADN, esta é uma mensagem que precisa ser repetida em voz alta e muitas vezes. Fonte: Stewart, I. 1996. Os números da natureza. RJ, Rocco.
Neste domingo, 12/1, o Poesia Contra a Guerra está a completar 18 anos e três meses no ar.
Desde o balanço anterior – ‘18 anos e dois meses no ar’ – foram publicados aqui pela primeira vez textos dos seguintes autores: Egon Schaden, Eric R. Pianka, Heinrich Walter, Henry Lansford e John Maynard Keynes. Além de material de autores que já haviam sido publicados antes.
Cabe ainda registrar a publicação de imagens de obras dos seguintes artistas: Christen Dalsgaard, Clara Peeters e Giovanni Pagliarini.
“As chuvas acompanham o arado”. Esta expressão era o artigo de fé dos agricultores quando, durante a última parte do século XIX, as Grandes Planícies do Meio Oeste dos Estados Unidos foram abertas aos colonizadores. Aquilo era a expressão bem precisa da crença arraigada de que a abertura de novos campos à agricultura traria em sua esteira um imediato e substancial aumento na precipitação pluvial das altas planícies semiáridas.
A ideia era geralmente aceita tanto pelos promotores como pelos colonizadores, já que, para eles, era a resposta a uma necessidade profundamente emocional, mas entre os que acreditavam naquilo havia muitos cientistas e funcionários públicos que deveriam ter sido mais céticos. Aquela crença era baseada numa observação um tanto empírica e imprecisa de que, em algumas áreas, e depois que os novos colonos haviam arado e plantado as novas terras, a pluviosidade havia aumentado bastante. E foi daí que nasceu o resultado de uma lógica precária, aliado aos desejos generalizados, de que as chuvas acompanhariam o arado.
Não demorou muito para a lógica ser refutada por meio século de secas e quase secas que impiedosamente se repetiam num ciclo desolador que muitas vezes significava o fim de um empreendimento agrícola exatamente quando o colonizador já estava começando a acreditar na sua boa fortuna depois de três ou quatro anos bons para a lavoura. Os anos do Deserto de Poeira (Dust Bowl) da década de [1930] levaram à irrefutável conclusão que o clima havia atravessado variações naturais em nada afetadas pelos arranhões que o homem fazia na face da terra com o seu arado. Fonte: Lansford, H. 1973. Estará o homem mudando o tempo? Diálogo 6: 56-61. Excerto de artigo originalmente publicado em 1970.
In chemistry, the urge of scientists to order and classify natural phenomena resulted in the well-known periodic table of the elements, which allowed chemists to predict unknown elements and their chemical properties and led to our understanding of electron shells. Some ecologists wonder whether something like a ‘periodic table of niches’ might be possible. Of course, nothing about ecological niches is quite so simple or discrete as the number of electrons in the outer shell of a chemical element, but most aspects of niches have many more dimensions and are more continuous. Some patterns described earlier may be used to construct a very primitive periodic table of niches […]. Thus, trophic niche repeat themselves in organisms of different sizes that are relatively more or less r- ou K-selected. An aphid is more like a lemming and a mantid more like a weasel, in their food niche, whereas in terms of body size and position on the r-K selection continuum, the aphid and mantid are relatively alike, as are the lemming and the weasel. Fonte: Pianka, E. R. 1988. Evolutionary ecology, 4th ed. NY, Harper.
Tenho o hábito de verificar o conteúdo de alguns sítios noticiosos. Não é uma experiência agradável. Erros graves e grosseiros estão em toda parte. E o pior: o viés ideológico e a manipulação dos fatos são notáveis, pois são exagerados. Todavia, apesar da disputa acirrada, o campeonato anual das aberrações é quase sempre vencido por um dos nossos folhetins provincianos (Estadão, Folha ou O Globo).
A patacoada desta manhã de sábado (4/1) eu encontrei na Folha. Com a mesma disposição que alardeia mentiras contra políticos ou governantes de inspiração nacionalista, o jornal estampou hoje a seguinte mentira: “Boric é o primeiro líder latino-americano a ir à região [Antártida], de acordo com o governo chileno”. (A responsabilidade pelo erro, claro, vai ser colocada no colo do ‘governo chileno’.)
Para quem não conhece ou não se lembra, o referido presidente do Chile é uma espécie de zero à esquerda identitário, à semelhança daquele gogó-de-ouro que ocupa hoje o posto de governador do Rio Grande do Sul.
Pois bem. A informação que a notícia da Folha transmite é falsa: não, o presidente do Chile não foi o primeiro líder latino-americano a pisar no continente gelado. Embora esteja bem mais perto do que todos os demais líderes latino-americanos, com exceção apenas do seu colega argentino, o presidente chileno chegou atrasado.
Em 2008, por exemplo, o presidente brasileiro – a respeito de quem os folhetins paulistanos não se cansam de espalhar maledicências – esteve na Antártida. E mais: até onde eu fui informado à época, o presidente Lula foi muito simpático e atencioso com todos os brasileiros que estavam na base; agiu como deveria agir o líder político de uma nação que ainda sonhava em ser mais do que um imenso campo de soja gerido por bancos de investimento.
É possível que alguém da redação da Folha decida sumir com a notícia mentirosa até o fim do dia. Todavia, corruptos e cínicos como são (afinal, eles próprios costumam ser geridos por bancos de investimentos), os veículos da imprensa não costumam se esforçar para restituir a verdade dos fatos que eles próprios ajudam a corroer.
O problema é antigo, mas vem se agravando. Afinal, como diz um vizinho meu: “Além de corrupta, a imprensa brasileira está cada dia mais preguiçosa”.
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NOTA.
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Calafetado contra os sonhos, fico Contigo, prisioneiro dos liames Que te cercam e cercam o teu rosto, A tua carne rasgada nos arames.
Extinguiu-se o apelo da partida… As quilhas já não sofrem a espuma. Fico contigo na luta pelo dia No endurecido leito de caruma.
Tu estás sentada sobre a terra… Pelas searas corre um vento rude. Teu corpo é uma espiga amadurecida Pela água aprisionada do açude.
Corsários acamaradam no mar largo… Mas do teu caule fino, nasce e ondeia À minha volta, uma canção serena Que me prende docemente à sua teia. Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1952.