Guarda-te dos avarentos
Rei Salomão
[10] Meu filho, se os pecadores te atraírem com os seus afagos, não condescendas com eles. [11] Se te disserem: Vem conosco, façamos emboscadas para derramar sangue, armemos laços ocultos ao inocente, que nos não fez mal algum; [12] devoremo-lo vivo como o sepulcro (devora os cadáveres), e inteiro como aquele que desce à cova; [13] nisto acharemos toda a sorte de bens preciosos, encheremos as nossas casas de despojos; [14] une a tua sorte à nossa, seja uma só a bolsa de nós todos: [15] meu filho, não vás com eles, guarda-te de andares pelas suas veredas; [16] porque os seus pés correm para o mal, e apressam-se a derramar sangue. [17] Mas debalde se lança a rede diante dos olhos dos que têm asas. [18] Eles mesmos (com isto) armam traições contra o seu próprio sangue, e tramam enganos contra as suas almas. [19] Tais são os caminhos de todos os avarentos; (estes caminhos) perdem as almas daqueles que os seguem.
Fonte: excerto extraído do Livro dos Provérbios (1: 10-19) – Bíblia sagrada (Paulinas, 1965), em tradução de Matos Soares –, cuja redação é atribuída a Salomão, filho de Davi e Betsabéia (ou Betsabá) e rei de Israel (966-926 aC) (ver, e.g., o poema Prole augusta de Davi, de José Elói Ottoni).