31 outubro 2014

Streets of Philadelphia

Bruce Springsteen

I was bruised and battered and I couldn’t tell what I felt
I was unrecognizable to myself
Saw my reflection in a window I didn’t know my own face
Oh brother are you gonna leave me wasting away
On the streets of Philadelphia

I walked the avenue till my legs felt like stone
I heard the voices of friends vanished and gone
At night I could hear the blood in my veins
Just as black and whispering as the rain
On the streets of Philadelphia

Ain’t no angel gonna greet me
It’s just you and I my friend
And my clothes don’t fit me no more
I walked a thousand miles
Just to slip this skin

The night has fallen, I’m lyin’ awake
I can feel myself fading away
So receive me brother with your faithless kiss
Or will we leave each other alone like this
On the streets of Philadelphia

Fonte: VHS do filme Philadelphia (1993).

29 outubro 2014

Como podem surgir adaptações complexas?

Brian Charlesworth & Deborah Charlesworth

Com freqüência, os que criticam a teoria da evolução por seleção natural evocam a dificuldade de desenvolver estruturas biológicas complexas, de moléculas de proteína e células a olhos e cérebros. Como uma peça do maquinário biológico, em pleno funcionamento e perfeitamente adaptada, pode ser produzida exclusivamente por meio da seleção natural de mutações ocorridas ao acaso? O segredo para entender como isso pode acontecer está em outro significado da palavra ‘adaptação’. Na evolução de organismos e de seu complexo maquinário, muitos aspectos são versões modificadas (adaptadas) de estruturas preexistentes, assim como máquinas são feitas por engenheiros. Ao fazer equipamentos e dispositivos complexos, os modelos iniciais, menos elegantes, são refinados ao longo do tempo e diversificados (adaptados) para novos usos, às vezes imprevistos. A evolução da prótese total do joelho é um bom exemplo do processo pelo qual uma solução inicial rudimentar mostrou-se boa o bastante para ser útil, mas foi submetida a sucessivas adaptações para se tornar cada vez melhor. Assim como na evolução biológica, desenvolveram-se muitos projetos iniciais que parecem insatisfatórios segundo os critérios atuais, porém cada modelo foi uma melhoria em relação aos que o antecederam e pôde ser usado por cirurgiões de joelho. Cada um deles exerceu seu papel como um estágio na evolução dos modernos e complexos joelhos artificiais.
[...]

Fonte: Charlesworth, B. & Charlesworth, D. 2012. Evolução. Porto Alegre, L&PM.

27 outubro 2014

Somos de barro

Sebastião da Gama

Somos de barro. Iguais aos mais.
Ó alegria de sabê-lo!
(Correi, felizes lágrimas,
por sobre o seu cabelo!)

Depois de mais aquela confissão,
impuros nos achámos;
nos descobrimos
frutos do mesmo chão.

Pecado, Amor? Pecado fora apenas
não fazer do pecado
a força que nos ligue e nos obrigue
a lutar lado a lado.

O meu orgulho assim é que nos quer.
Há-de ser nosso o pão, ser nossa a água.
Mas vencidas os ganham, vencedoras,
nossa vergonha e nossa mágoa.

O nosso Amor, que história sem beleza,
se não fora ascensão e queda e teimosia,
conquista... (E novamente queda e novamente
luta, ascensão... ) Ó meu Amor, tão fria,

se nascêramos puros, nossa história!

Chora sobre o meu ombro. Confessámos.
E mais certos de nós, mais um do outro,
mais impuros, mais puros, nós ficamos.

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1953.

25 outubro 2014

Como era...

Gyula Juhász

Como era tão loira a minha amada? Já o esqueci.
Mas sei que no ardente verão, do trigo
as douradas e frescas espigas trarão consigo
a nítida recordação do seu cabelo loiro.

Como era o azul dos seus olhos? Já o esqueci.
Mas sei que ao ir-se, setembro em rápido vôo,
pálido outono pintará de azul o céu
e verei seus olhos em dia claro.

Como era a seda de sua voz? Já o esqueci.
Ma na primavera, quando suspire o vento,
ouvirei a voz de Ana e me tocará seu alento,
que virá do fundo do céu imaculado.

Fonte: Freire, C. 2004. Babel de poemas: uma antologia multilíngüe. Porto Alegre, L&PM.

23 outubro 2014

Nuvens

Neil Edwards

Nuvens se formam quando o vapor d’água na atmosfera se condensa em torno de partículas sólidas (p.ex., grãos de pólen, poeira ou sal da névoa salina) para formar pequenas gotículas de água ou, em altitudes mais elevadas e temperaturas mais baixas, cristais de gelo. A condensação pode ocorrer também em aerossóis, que são gotas diminutas, geralmente de compostos de sulfato, principalmente de ácido sulfúrico formado a partir de vapor d’água e dióxido de enxofre (SO2) emitidos por vulcões ou produzidos por processos industriais.

Como a pressão diminui com a altura na atmosfera [...], as gotas de água podem existir nas nuvens a temperaturas abaixo de –12ºC, como uma mistura de gotículas de água e cristais de gelo a temperaturas entre –12ºC e –30ºC e predominantemente como cristais de gelo a temperatura inferiores a –30ºC. As nuvens consistem inteiramente de cristais de gelo a temperaturas inferiores a –40ºC.
[...]

Fonte: Edwards, N. 2011 [2008]. Um planeta habitável. In: Cockell, C., org. Sistema Terra-vida: Uma introdução. SP. Oficina de Textos.

21 outubro 2014

Elias no deserto


Washington Allston (1779-1843). Elijah in the desert. 1818.

Fonte da foto: Wikipedia.

19 outubro 2014

Crepuscular

Raul de Leoni

Poente no meu jardim... O olhar profundo
Alongo sobre as árvores vazias,
Essas em cujo espírito infecundo
Soluçam silenciosas agonias.

Assim estéreis, mansas e sombrias,
Sugerem à emoção com que as circundo
Todas as dolorosas utopias
De todos os filósofos do mundo.

Sugerem... Seus destinos são vizinhos:
Ambas, não dando frutos, abrem ninhos
Ao viandante exânime que as olhe.

Ninhos, onde, vencida de fadiga,
A alma ingênua dos pássaros se abriga
E a tristeza dos homens se recolhe...

Fonte: Leoni, R. 1998. Luz mediterrânea. BH, Garnier. Poema publicado em livro em 1922.

17 outubro 2014

Antes que aprenda na rua...

Henfil

– Você vai à China? China China? China Comunista?

Passeei minha imprudência sob o olhar de inveja e medo de tudo quanto é amigo, família e colega. Talvez fosse a última vez que estivessem me vendo com vida. Se eu não morresse lá, de lavagem cerebral, morreria aqui da cirurgia para extirpar o vírus comunista que eu traria nos meus cabelos, roupas e principalmente na ALMA!

De repente, quem eu não via há anos me procurou. Então é verdade mesmo? Cuide-se. Não deixe de avisar quando chegar. A gente vai lá no Galeão fazer número...

Aí, comecei a ficar com medo, a obtemperar: vou, mas depende de me darem visto de saída. Depende dos chineses me deixarem entrar. Esta última era uma sutil tentativa de declarar para as paredes ouvirem que, como eu não sou comunista, os chineses poderiam não me deixar entrar.
[...]

Fonte: Henfil. 1981. Henfil na China, 7ª edição. RJ, Codecri. ‘Henfil’ é pseudônimo de Henrique de Souza Filho.

15 outubro 2014

Volta

Itálico Marcon

Aqui nasci.
Enterrado quero ser
aqui.
No Dia do Nunca Mais,
quando as uvas maduras
acordarem as parreiras
e a sombra perfumada
do trigo e dos pinheiros
fugir na disparada
dos pássaros primeiros.

Eis o cemitério sem
nome
(pequenino como todos)
repousando na paisagem
deste céu cor de fogo,
onde dorme o Valeriano
(meu irmão morto)
e os amigos da infância
descansam
embriagados de vinho novo.

Aqui nasci.
Enterrado quero ser
aqui.

Fonte (segunda estrofe): Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya. Poema publicado em livro em 1969.

13 outubro 2014

Por que existem cristais?

Charles Bunn

Os átomos do espaço interestelar aparentemente levam uma vida solitária, mas na Terra quase todos formam fortes ligações uns com os outros, seja da mesma espécie, seja de espécies diferentes. Essas ligações são em algumas substâncias bem localizadas; na água, por exemplo, que é formada por átomos de hidrogênio e oxigênio (duas vezes mais hidrogênio do que oxigênio), cada átomo de oxigênio está ligado a dois átomos de hidrogênio; este agrupamento fortemente unido constitui uma molécula de água, abreviadamente designada como H2O, perambulando entre milhões de outras. As dimensões dos átomos e as distâncias entre eles são hoje conhecidas. [...]

Fonte: Bunn, C. 1972 [1964]. Cristais. SP, Companhia Editora Nacional & Edusp.

12 outubro 2014

Aniversário de oito anos

F. Ponce de León

Neste domingo, 12/10, o Poesia contra a guerra completa oito anos no ar (2006-2014). Ao fim do expediente de ontem, o contador instalado no blogue indicava que 256.357 visitas haviam sido registradas nesse período.

Ao longo dos últimos 12 meses, foram ao ar textos de 110 novos autores, além de outros que já haviam sido publicados antes – ver ‘Aniversário de sete anos’ e balanços anteriores. Eis a lista com o nome dos estreantes:

Adrian Desmond, Alexander Pushkin, Alfred Edward Housman, Anastácio Ayres de Penhafiel, António Ferreira, Araldo Sassone, August Liesch e Augusto de Lima;

Benjamin West, Bernardo Gavião, Bernhard Rensch, Berta G. Ribeiro, Bryan Shorrocks e Burt Bacharach;

Caldas Barbosa, Carl G. Hempel, Carlos Saldanha Legendre, Carole Matthews, Cathy Kilpatrick, Cláudio Murilo Leal, Clodovis Boff, Cornélio Pires, Cyro Siqueira e Czeslaw Milosz;

D. Kléténic, Dan Sperber e David C. Murdoch;

Emilio A. Rodríguez Garay, Ernesto de Souza, Eugène Marais, Eustaquia Terceros e Eva Jablonka;

Fernando Ferreira de Loanda, Fernando Mendes Vianna, Fernando Py, Florestan Fernandes, Frederick W. Turner, Fredy Blank e Friedrich Nietzsche;

Galaktion Tabidze e George E. Goslow Jr.;

Hal David, Hans Keller, Hans Liebmann, Helmut Sick, Henrique Castriciano e Hugo Assmann;

Isaac Levi;

J. A. Artze, J. J. Thomas, James Moore, James D. Watson, Jan Skácel, Janez Menart, Jô Amado, João Cardoso de Meneses e Souza, John D. Barrow, Jonathan Miller, Jorge Nagle, José Honório Rodrigues e José Paulo Paes;

Laurie Garrett, Lawrence L. McNitt, Lemony Snicket, Lindolf Bell, Louis Leithold e Luigi Moscatelli;

Manuel Botelho de Oliveira, Manuel de Araújo Porto-Alegre, Manuel Leote Esquível, Marc Chagall, Mark Bello, Marilena Chaui, Maria José Aragão, Marion J. Lamb, Mary Fiess, Mauro Santayana, Messias Carrera, Michael Ruse, Milton Hildebrand e Myriam Fraga;

N. Blurton Jones, Newton Freire-Maia e Nicholas Lund;

Oswaldo Serpa;

Par Lagerkvist, Pasquale Cipro Neto, Paul Amos Moody, Paul Éluard, Paul J. Kramer, Paulo Bonfim, Paulo C. Motta, Paulo Roberto do Carmo, Pedro Dalle Nogare, Penny J. Gullan e Peter S. Cranston;

Raul Bopp, René Dubos, Richard Corfield, Richard Keynes, Robert Jastrow, Robin Baker, Roy M. Pritchard e Rubem Alves;

Tarciso S. Filgueiras, Theodore T. Kozlowski, Theodosius Dobzhansky e Thomas Gray;

Vesna Krmpotic; e

Whisner Fraga.

Cabe ainda registrar que no mesmo período foram publicadas imagens de quadros de 33 pintores, a saber: Alfred Roll e Anthonij Mauve; Charles Laval; Edgar Maxence, Eugen Napoleon Nicolaus e Évariste-Vital Luminais; Filippo Lippi; Georges Michel e Glennray Tutor; Henri Evenepoel e Henri Harpignies; Ilya Repin; János Thorma, Jean Béraud, José Agustín Arrieta, José [Jusepe] de Ribera, José Mongrell i Torrent, John Lewis Krimmel, Jozef Israëls e Jules Bastien-Lepage; Léon Cogniet; Mark Catesby; Paul Chabas, Philip Wilson Steer e Pieter Aertsen; Ralph Goings e Roger de La Fresnaye; Samuel [Finley Breese] Morse; Vasily Vereshchagin e Vittorio Matteo Corcos; William George Gillies, William McTaggart e William Quiller Orchardson; e Ximena Armas.

10 outubro 2014

Capela


Samuel [Finley Breese] Morse (1791-1872). The chapel of the Virgin at Subiaco. 1830.

Fonte da foto: Wikipedia.

08 outubro 2014

Phoneutria

Paulo C. Motta

A famosa aranha-armadeira; aranha grande, de 3 a quase 5 cm de corpo; lateralmente, com as pernas estendidas, pode atingir de 12 a 15 cm, ou mais. O nome popular é bastante apropriado, pois quando ameaçada, assume postura agressiva (‘armando o bote’). Levanta o corpo apoiando-se nos dois últimos pares de pernas, ergue as pernas anteriores, que possuem contrastes ventrais de claro e escuro, e expõe o abdômen ventral escuro com listras claras que convergem em direção às fiandeiras; também abre os ferrões e eriça os espinhos das pernas. Nesta posição, acompanha o movimento do agressor; é rápida, podendo dar pequenos pulos, e se defende atacando. As aranhas Phoneutria são consideradas as mais [peçonhentas] do mundo, título disputado com algumas aranhas australianas, como Atrax. No entanto, a picada raramente é mortal para os seres humanos, causando dor intensa local e generalizada, sudorese e pilo-ereção, podendo ocorrer febre, taquicardia, vômitos, vertigens, asfixia e priapismo (ereção duradoura). Estes efeitos, apesar de moderados a intensos, são passageiros, pois a grande maioria das vítimas (97%) se recupera dentro de um a três dias, sem necessidade de tratamento com soro. É a segunda aranha mais importante do Brasil, atrás de Loxosceles, sendo responsável por cerca de 30% dos acidentes.
[…]

Fonte: Motta, P. C. 2014. Aracnídeos do cerrado. RJ, Technical Books.

06 outubro 2014

Biritiba

Tarciso S. Filgueiras

Naquela hora da tarde, o calor estava tão forte que não dava para ficar dentro da lojinha. Balaio era um armarinho de uma porta só que Belmiro recebera quase como dote por ter se casado com Divina, a filha única do seu Alves, o dono original da loja de miudezas. Como o movimento na tarde quente era quase nulo, ele resolveu puxar uma cadeira e se sentar na calçada para aproveitar a fresca que, de vez em quando, corria lá fora.

Sentou-se na cadeira, mãos atrás da cabeça, espaldar precariamente encostado na parede. Deitou a olhar a rua, de alto a baixo. Não via nada, nada acontecia. Dava para ouvir cachorro latindo, crianças chorando em algum lugar, mulheres ralhando com alguém, mas ninguém nas ruas. Pachorra geral. De repente, ao olhar para os lados da praça da igreja, viu o vulto de uma mulher que subia a rua. Andava devagar, compassadamente. Apurou a vista e antes que seus olhos enxergassem direito, seu coração lhe segredou que era ela. Aquele jeito de andar, certo gingado, aquela sombrinha azul ferrete... Só podia ser ela. Sinhazinha!
[...]

Fonte: Filgueiras, T. S. 2011. Tempo de Tarumã. RJ, Outras Letras.

04 outubro 2014

As minhas cartas! Todas elas frio

Elizabeth Barrett Browning

As minhas cartas! Todas elas frio,
Mudo e morto papel! No entanto agora
Lendo-as, entre as mãos trêmulas o fio
Da vida eis que retomo hora por hora.

Nesta queria ver-me – era no estio –
Como amiga a seu lado... Nesta implora
Vir e as mãos me tomar... Tão simples! Li-o
E chorei. Nesta diz quanto me adora.

Nesta confiou: sou teu, e empalidece
A tinta no papel, tanto o apertara
Ao meu peito, que todo inda estremece!

Mas uma... Ó meu amor, o que me disse
Não digo. Que bem mal me aproveitara,
Se o que então me disseste eu repetisse...

Fonte: Bandeira, M. 2007. Estrela da vida inteira. RJ, Nova Fronteira. Poema publicado em livro em 1850.

03 outubro 2014

Vômito

Emilio A. Rodríguez Garay

Embora o reflexo do vômito não represente um processo fisiológico, pode ser induzido por estímulos aferentes procedentes de zonas sensoriais do trato digestório, de outras vísceras abdominais e do labirinto por ação central direta que exercem certos compostos farmacológicos (apomorfina, emetina, etc.) ou por estímulos mecânicos produzidos por um aumento da pressão intracraniana.

Os diferentes estímulos atuam sobre grupos de neurônios da formação reticular lateral do bulbo, conhecidos como centro do vômito. Os neurônicos desse centro encontram-se inter-relacionados com fibras e células nervosas envolvidas em diferentes funções. A via eferente é composta por fibras do simpático e dos nervos vago e frênico; os impulsos eferentes, ao atuar sobre diferentes efetores, produzem uma resposta complexa na qual a sensação de náusea, a hipersecreção salivar e sudorípara e a aceleração da freqüência cardíaca precedem a expulsão do conteúdo gástrico. Essa última desenvolve-se em duas etapas: 1) na primeira ocorre relaxamento do corpo do estômago e contração da região [antropilórica] enquanto ocorre o relaxamento dos esfíncteres esofágicos inferior e superior; 2) na segunda produz-se uma inspiração forçada, fecha-se a glote e contraem-se o diafragma e os músculos abdominais, aumentando a pressão intragástrica. Isso determina o esvaziamento do conteúdo até a boca, através do esôfago relaxado, e dessa para o exterior. Neste momento, a respiração é suspensa e produz-se a elevação do palato mole.

Fonte: Garay, E. A. R. 2004. Funções motoras do sistema digestório. In: Cingolani H. E. & Houssay, A. B., orgs. Fisiologia humana de Houssay, 7ª edição. Porto Alegre, Artmed.

02 outubro 2014

(They long to be) Close to you

Hal David & Burt Bacharach

Why do birds suddenly appear
Every time you are near?
Just like me, they long to be
Close to you

Why do stars fall down from the sky
Every time you walk by?
Just like me, they long to be
Close to you

On the day that you were born
The angels got together
And decided to create a dream come true
So they sprinkled moon-dust
In your hair of gold
And starlight in your eyes of blue

That is why all the girls in town
Follow you all around
Just like me, they long to be
Close to you

Fonte: VHS do filme Parenthood (1989). Canção gravada pela primeira vez em 1963 (o título, então, não ostentava parêntesis).

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