30 setembro 2014

A morte do general


Benjamin West (1738-1820). The death of general Wolfe. 1770.

Fonte da foto: Wikipedia.

28 setembro 2014

Para um vil criminoso

Adília Lopes

Fizeste-me mil maldades
e uma maldade muito grande
que não se faz
acho que devo ter sido a pessoa
a quem fizeste mais maldades
nem deves ter feito a ninguém
uma maldade tão grande
como a que me fizeste a mim
não sei se tens remorsos
tu dizes que não tens remorsos nenhuns
porque dizes que és um vil criminoso
para mim
eu também sou uma vil criminosa
mas não para ti
desconfio que tens o remorso
de ter alguns remorsos
por me teres feito mil maldades
e uma maldade muito grande
a maldade muito grande está feita
e não se faz
acho que essa maldade muito grande
nos aproximou um do outro
em vez de nos afastar
mas para mim é um drôle de chemin
e para ti também deve ser
mas com um vil criminoso nunca se sabe

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1985. ‘Adília Lopes’ é pseudônimo de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira.

27 setembro 2014

Aspectos comparativos do comportamento

N. Blurton Jones

Nos últimos anos, vários livros de divulgação, e um ou dois trabalhos sérios (por exemplo, Bowlby, 1969), têm feito analogias entre o comportamento humano e animal. Muita controvérsia foi gerada por estas comparações. A verdade, no entanto, deve estar em algum ponto entre a certeza dos zoólogos, de que é possível fazer comparações válidas, e a certeza dos sociólogos, de que não é possível fazer qualquer comparação válida. Conseqüentemente, talvez a aplicação de estudos comparativos ao estudo do comportamento humano possa ser avaliada, desde que se adote uma atitude relativamente livre de comprometimento, em relação à predominância, seja de comportamentos específicos da espécie, seja de ‘fatos sociais’ independentes de fatos biológicos (uma discussão útil das dificuldades desta dicotomia pode ser encontrada em Freeman [1966]). Ambrose (1968) já havia descrito um uso diferente de estudos com animais, para fazer progredir os conceitos e a metodologia de estudos sobre desenvolvimento de comportamento. Dados obtidos com animais também podem ser utilizados para sugerir hipóteses acerca do comportamento, ou para sugerir fenômenos ou mecanismos a serem investigados no homem. Uma outra vantagem do ponto de vista comparativo, ou pelo menos do interesse nos efeitos e no valor de sobrevivência do comportamento, que acompanha este ponto de vista, é entender as tarefas que a máquina estudada tem a desempenhar. O desenvolvimento do comportamento de uma criança é um assunto amplo e difícil, um sistema enorme para analisar. No entanto, se soubermos quais as suas funções, a tarefa de descobrir como elas são efetuadas pode ser muito mais fácil. Freedman (1967) e Fox e Tiger (1966), entre outros, argumentam que a perspectiva [evolutiva] tem outras contribuições importantes.

Como zoólogo, envolvido em estudos diretos de comportamento humano (e que, nesta medida, vê as coisas do ponto de vista do psicólogo), espero poder mostrar, através de um pequeno estudo, os princípios subjacentes a estudos comparativos. Estes princípios nem sempre estão claros nos livros recentes de divulgação. Investiguei um problema particular que pode ser importante para estudos sobre o apego mãe-bebê. Devo enfatizar que o método utilizado é inteiramente diferente do método etológico utilizado na maioria dos outros estudos descritos neste livro.
[...]

Fonte: Blurton Jones, N. 1981 [1972]. Aspectos comparativos do contato mãe-criança. In: N. Blurton Jones, ed. Estudos etológicos do comportamento da criança. SP, Pioneira.

25 setembro 2014

Compromisso ético

Mauro Santayana

Éramos todos jovens e acreditávamos que um bom jornal poderia mudar o mundo. Talvez nos visitasse aquela convicção, registrada por Fernando Pessoa, de alguém que se senta à mesa do café, redige um artigo de fundo para o Times, certo de que mudaria o mundo. E não é que o mundo mudou, mesmo? – conclui o poeta. Estou certo de que, um pouquinho que seja, mudamos o mundo, porque mudamos um pouco a sociedade de Belo Horizonte e influímos na vida política nacional daqueles anos.

José Maria e Euro Luís Arantes gostavam de narrar o momento em que o jornal nasceu. Estavam os dois, redatores do então Informador Comercial (hoje Diário do Comércio) do exemplar homem de imprensa que foi José Costa, na sacada da redação, assistindo a um protesto dos estudantes contra o aumento das entradas de cinema, que acabou em quebra-quebra. A polícia reprimia com a violência habitual os manifestantes. “Belo Horizonte está precisando de um jornal independente” – disse um ao outro. E nasceu o Binômio.

Companheiro de José Maria na reportagem do Diário de Minas, acompanhei o Binômio desde os seus primeiros tempos, e com ele colaborei. Mais tarde, o jornal crescido, essa colaboração se tornou mais densa, até os episódios conhecidos que levaram ao empastelamento do jornal, uma espécie de aviso para a grande noite que sofreria o Brasil.

Daquela experiência ficou o registro de uma teimosia ética. Não éramos, os que redigíamos o jornal, moralistas hipócritas. Todos tínhamos os nossos humaníssimos defeitos. Mas, do ponto de vista do interesse coletivo, rigorosa era a ética em que nos movíamos. Se os riscos maiores cabiam a José Maria e ao Euro, sempre ameaçados de agressão e de morte, todos nós nos sentíamos no mesmo barco e empurrados pela mesma coragem. Era quase com certa volúpia – como a dos que amam a velocidade e os esportes violentos – que recebíamos as ameaças e que nos preparávamos para o provável confronto.

O jornal trouxe certo choque à acomodada sociedade de Belo Horizonte dos anos 50. Havia coisas de que todos sabiam, mas ninguém publicava. O semanário começou a tocar nos assuntos proibidos, e a ganhar a simpatia da classe média e do povão. A tiragem crescia, obrigando os editores a buscar oficinas do Rio de Janeiro – porque as que podiam rodar o semanário na capital a isso se recusavam – a fim de acompanhar as exigências da circulação. A força política do Binômio se revelou nas eleições parlamentares de 1959, quando Euro Luís Arantes se elegeu deputado estadual com a maior votação relativa já recebida no universo eleitoral de Belo Horizonte.

A violência interrompeu a vida do jornal. Em seguida, com o golpe militar, muitos de seus redatores tiveram que partir para o exílio. Um deles, Fernando Gabeira, teve grande notoriedade, ao participar da luta armada e do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil. O que teria ocorrido, se não houvesse a violência e o golpe? Talvez, com a idade, o Binômio se tornasse um bem-comportado diário, mas é difícil imaginá-lo assim. É certo que a sua linguagem havia se tornado mais comedida, o seu estilo mais sério, se comparado ao dos primeiros números, quando abusava do humor escancarado. Isso não o tornou menos temido e menos agressivo; ao contrário, como os fatos vieram a demonstrar. Provavelmente o jornal encontraria, com o tempo, o seu ponto de maturidade, sem que perdesse o compromisso ético de seus fundadores.

Fonte: Rabêlo, J. M. 1997. Binômio: edição histórica. BH, Armazém de Idéias & Barlavento Grupo Editorial.

23 setembro 2014

Ilusões da vida

Francisco Otaviano

Quem passou pela vida em branca nuvem,
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.

Fonte: Martins, W. 1978. História da inteligência brasileira, vol. 2. SP, Cultrix & Edusp. Poema publicado em livro em 1881.

21 setembro 2014

Casamento no interior


John Lewis Krimmel (1786-1821). Country wedding. 1814.

Fonte da foto: Wikipedia.

19 setembro 2014

Ao Deus desconhecido

Friedrich Nietzsche

Uma vez mais, antes de partir daqui
E de dirigir o olhar para a frente,
Ergo solitário as mãos
Para ti, meu refúgio,
A quem, no fundo do meu coração,
Solenemente consagro um altar.
Para que sempre
Tua voz me chame sem cessar.

[.. .. .. .. .. ..]
Sou teu, ainda que a malta dos ímpios
Me considere neste momento como um dos seus.
[.. .. .. .. .. ..]

Quero conhecer-te, ó Inconhecível.
A ti, cuja mão penetra no fundo de minha alma.
A ti, que transformas minha vida como uma tormenta,
A ti, Inapreensível, de mim tão próximo!
Quero conhecer-te, servir-te eu mesmo.

Fonte: Halévy, D. 1989 [1944]. Nietzsche: uma biografia. RJ, Campus.

17 setembro 2014

Genes e sistemas epigenéticos

Eva Jablonka & Marion J. Lamb

Antes de examinarmos a inter-relação entre genes e sistemas epigenéticos, precisamos recapitular algumas das considerações que tecemos nos capítulos anteriores sobre os genes e suas atividades. A mais importante delas é que as moléculas de DNA não são guardadas nuas dentro da célula. Elas estão associadas a muitos tipos diferentes de proteínas e moléculas de RNA, que formam um complexo conhecido como cromatina. Além disso, o próprio DNA pode ter alguns agrupamentos químicos (como metilas) grudados em algumas de suas bases. Essas modificações no DNA e nos componentes da cromatina influenciam a expressão gênica: genes inativos costumam ter uma cromatina mais compacta do que os genes ativos ou potencialmente ativos. Após a replicação do DNA, as marcas epigenéticas – os radicais de metila e as partes da cromatina que não são DNA e que afetam a a atividade do gene – são reconstruídas, a menos que a célula responda a sinais externos ou internos que alterem seu estado funcional.

Agora é preciso acrescentar uma coisa importante a esse quadro: as marcas epigenéticas afetam não apenas a atividade de um gene como também a probabilidade de aquela região passar por mudanças genéticas. Mutações, recombinações e o movimento dos genes saltadores são todos processos influenciados pelo estado da cromatina, por isso a probabilidade de uma mudança genética em dois trechos idênticos de DNA não é a mesma se eles tiverem diferentes marcações de cromatina. Em geral o DNA tem mais probabilidade de sofrer alterações em regiões em que a cromatina é menos condensada e os genes são ativos do que em regiões de cromatina mais compacta. Isso porque em regiões mais ativas o DNA fica mais exposto à ação de substâncias mutagênicas e de enzimas envolvidas no reparo e na recombinação. Não é diferente do que acontece com o seu carro, que fica mais exposto a danos acidentais quando você sai muito com ele do que quando você o deixa na garagem o tempo todo. Há exceções, é claro. Assim como baterias arriadas são mais comuns em carros que ficam muito tempo parados, também alguns tipos de mudança no DNA são mais comuns em genes inativos. Por exemplo, a base citosina (C) muda para timina (T) com mais frequência quando está metilada do que quando não está, e o DNA metilado em geral está associado a cromatina compacta e genes inativos. Mesmo assim, o quadro geral [...] é que o DNA das regiões ativas tende a mudar mais do que o dos domínios inativos.
[...] 

Fonte: Jablonka, E. & Lamb, M. L. 2010. Evolução em quatro dimensões. SP, Companhia das Letras.

15 setembro 2014

Para compreender samambaias

Whisner Fraga

E pregos.
Raciocinar semelhanças
Desbotar empecilhos e respirações
Naufragar ocos e gentilezas
E inutilidades
Orgulhar alçapões de papel
Lustrar lágrimas de árvores
Condenar pequenezas
E imensidões
Lamber deuses de açúcar
Rastejar esperanças
Abraçar sóis e muros
Alcançar destinos
Ou iniciar trajetos
Ribombo de sistros
E depois se calar
Feito sopro de beija-flor.

Fonte: Fraga, W. 2010. O livro da carne. RJ, 7Letras.

13 setembro 2014

O mar

Eustaquia Terceros

Meu país não tem mar.
Rodeado de brancas cordilheiras,
Vigiado pelo poderoso Illimani,
Já não tem pulmões,
Já não tem mar.

Ó mar, ó mar!
Como é possível que esse mar já não conheça,
Que a ele já não possa chegar?
Onde estás, ó mar?

Irmãos da América,
Cidadãos do mundo
Como todos sabem,
Este país era igual
Ao vosso.

Era o predileto de Simão Bolívar
Que o deixou íntegro.
Bem delimitado,
Com o seu mar.
Neste lugar nos entregou.

Agora os inimigos chilenos,
Depois de apoderar-se, depois de explorá-lo
Não querem mais deixá-lo.
Nosso pulmão, nosso mar.

Haverá, contudo, um dia,
Quer queiram ou não,
O mar voltará a nós.
A nosso país que já não tem mar.

Fonte: Freire, C. 2004. Babel de poemas: uma antologia multilíngüe. Porto Alegre, L&PM.

12 setembro 2014

Noventa e cinco meses no ar

F. Ponce de León

Nesta sexta-feira, 12/9, o Poesia contra a guerra completa noventa e cinco meses (= sete anos e onze meses) no ar. Ao longo desse período, e até o fim do expediente de ontem, o contador instalado no blogue registrou 253.587 visitas.

Desde o balanço anterior – Sete anos e dez meses no ar – foram aqui publicados pela primeira vez textos dos seguintes autores: Anastácio Ayres de Penhafiel, Augusto de Lima, George E. Goslow Jr., Jorge Nagle, Milton Hildebrand, Raul Bopp, René Dubos, Richard Keynes, Roy M. Pritchard e Thomas Gray. Além de alguns outros que já haviam sido publicados em meses anteriores.

Cabe ainda registrar a publicação de imagens de obras dos seguintes pintores: Charles Laval, José Agustín Arrieta e José [Jusepe] de Ribera.

10 setembro 2014

Na sala de jantar


José Agustín Arrieta (1803-1874). Cuadro de comedor. 1857-9.

08 setembro 2014

Uma caracterização histórica do darwinismo

Felipe A. P. L. Costa

Poucos assuntos científicos rivalizam com a biologia evolutiva em termos do grau de interesse que despertam entre leitores e o público em geral. Não é de estranhar, portanto, que os holofotes da mídia estejam constantemente voltados para temas e assuntos próprios dessa área [...]. É preocupante perceber, no entanto, que boa parte do material produzido entre nós se caracteriza pelo tratamento superficial, pelo sensacionalismo ou pela elevada densidade de erros e mal-entendidos conceituais.

Tenho flagrado a ocorrência desses problemas em uma ampla variedade de obras, incluindo livros-textos, teses universitárias, artigos técnicos e de divulgação, além, claro, de uma grande quantidade de matérias e artigos publicados na mídia [...].

Em uma tentativa de organizar, equacionar e esclarecer alguns desses problemas, este artigo traça um esboço da história do darwinismo ao longo dos últimos 150 anos. Evitei, no entanto, indicar exemplos negativos. Ênfase é dada a três períodos históricos mais ou menos distintos, embora aqui frouxamente delimitados: o darwinismo primordial (1858-1889), o neodarwinismo (1892-1910) e a síntese evolutiva (1918-1950). Autores, obras e avanços que marcaram cada período são apresentados e resumidamente discutidos. Procurei minimizar o uso de jargão técnico, mas, em caso de dúvida, o leitor interessado no assunto deveria consultar algum livro-texto de biologia evolutiva [...].
[...]

Fonte: Costa, F. A. P. L. 2014. Uma caracterização histórica do darwinismo. Observatório da Imprensa, n. 814, em 2/9/2014 (acesso em 8/9/2014).

06 setembro 2014

The epitaph

Thomas Gray

Here rests his head upon the lap of earth
A youth to fortune and to fame unknown.
Fair Science frowned not on his humble birth,
And Melancholy marked him for her own.

Large was his bounty, and his soul sincere,
Heaven did a recompense as largely send:
He gave to Misery all he had, a tear,
He gained from Heaven (’twas all he wished) a friend.

No farther seek his merits to disclose,
Or draw his frailties from their dread abode,
(There they alike in trembling hope repose)
The bosom of his Father and his God.

Fonte (primeira e última estrofe): Carpeaux, O. M. 2011. História da literatura ocidental, vol. 2. Brasília, Senado Federal. O trecho acima corresponde às últimas três estrofes de um poema maior, ‘Elegy written in a Country Churchyard’, publicado em livro em 1751.

05 setembro 2014

O órgão vomeronasal

Milton Hildebrand & George E. Goslow Jr.

O órgão vomeronasal foi descrito em 1813 pelo anatomista dinamarquês L. Jacobson, mas permaneceu intrigante durante 150 anos. Há tempo considerava-se que fosse uma parte um tanto distinta do epitélio olfatório, sendo o motivo de sua separação indefinido. No entanto, o órgão vomeronasal difere do órgão olfatório quanto à estrutura fina: às moléculas às quais responde; por possuir seus próprios nervos que terminam num bulbo adjacente ao bulbo olfatório, porém separado dele; e por projetar-se independentemente até a amígdala e o hipotálamo neuroendócrino. Nos mamíferos, a estimulação do órgão inicia a liberação de hormônios relacionados com os hormônios luteinizante e prolactina, afetando essencialmente a corte, o acasalamento, o cuidado maternal e a agressão. Serpentes, anfisbênios e muitos lagartos possuem língua bífida, chicoteada para dentro e para fora da boca, para cima e para baixo, tocando freqüentemente o substrato. As extremidades bem espaçadas da língua testam o ambiente químico em diferentes pontos e emitem independentemente seus estímulos à parte rostral da boca onde alcançam [o par de] órgãos vomeronasais. Isso capacita o animal a localizar as margens da presa ou de um animal co-específico e, portanto, de segui-lo ao longo de uma trilha de odores feita por eles.
[...]

Fonte: Hildebrand, M. & Goslow, G. E., Jr. 2006. Análise da estrutura de vertebrados, 2ª  edição. SP, Santos.

03 setembro 2014

Nostalgia panteísta

Augusto de Lima

Um dia interrogando o níveo seio
de uma concha voltada contra o ouvido,
um longínquo rumor, como um gemido
ouvi plangente e de saudades cheio.

Esse rumor tristíssimo escutei-o;
é a música das ondas, é o bramido,
que ela guarda por tempo indefinido,
das solidões marinhas donde veio.

Homem, concha exilada, igual lamento
em ti mesmo ouvirás, se ouvido atento
aos recessos do espírito volveres.

É de saudade, esse lamento humano,
de uma vida anterior, pátrio oceano
da unidade concêntrica dos seres.

Fonte: Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya. Poema publicado em livro em 1887.

01 setembro 2014

O martírio de São Felipe


José [Jusepe] de Ribera (1591-1652). El martirio de San Felipe. 1639.

Fonte da foto: Museo Nacional del Prado.

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