28 abril 2023

La energía que sustenta los sistemas biológicos

George M. Woodwell

La energía que sustenta todos los sistemas biológicos es la energía solar, fijada en la fotosíntesis y retenida brevemente en la biosfera antes de ser irradiada de nuevo al espacio en forma de calor. Es la energía solar la que mueve al conejo, al ciervo, a la ballena, al niño en bicicleta que veo desde mi ventana, la que mueve mi lápiz conforme escribo estas palabras. La cantidad total de energía fijada en la Tierra pone un límite a la cantidad total de vida; las formas de circulación de esta energía a través de los ecosistemas de la Tierra también limitan los tipos de vida en ella. Las actividades humanas en expansión están necesitando una fracción cada vez mayor del total de energía y, paradójicamente, están haciendo que grandes sectores de ella sean menos útiles para el mantenimiento del hombre.

Fonte: Woodwell, G. M. 1972 [1970]. In: Scientific American, org. La biosfera. Madri, Alianza.

27 abril 2023

O Estado do bem-estar social

Dorothy Wedderburn

A legislação do Estado do bem-estar social na sociedade capitalista é um campo de batalha, não somente para a solução a curto prazo dos problemas sociais imediatos, mas também para as batalhas das ideias, que é coisa de mais longa duração. A primeira tem recebido muita atenção por parte da esquerda; a segunda, bem pouca atenção.

Fonte: Deutscher, I. 1969 [1964-66]. In: Miliband, R. & Saville, J., orgs. Problemas e perspectivas do socialismo. RJ, Zahar. Trecho de artigo originalmente publicado em 1964.

25 abril 2023

Radiação solar e insolação

Fillipe T. P. Torres & Pedro J. O. Machado.

[Há] uma diferença conceitual entre radiação solar e insolação. Ao passo que insolação é a duração do período do dia com luz solar ou a duração do brilho solar, radiação solar é a energia recebida pela Terra na forma de ondas eletromagnéticas provenientes do [Sol]. A radiação solar é a fonte de energia de que o globo terrestre dispõe.

Fonte: Torres, FTP. & Machado, PJO. 2011. Introdução à climatologia. SP, Cengage.

22 abril 2023

Dez réis de esperança

António Gedeão

Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1958. ‘António Gedeão’ é pseudônimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (1906-1995).

19 abril 2023

Paisagem italiana


Anton Goubau (1616-1698). Italiaans landschap met een herderin en ruïnes. s/d.

Fonte da foto: Wikipedia.

17 abril 2023

Ciência, tecnologia, negócios

Felipe A. P. L. Costa [*].

Em sua obra Ética a Nicômaco [1], o filósofo grego Aristóteles (384-322 aC) agrupou as virtudes intelectuais do ser humano em três categorias: ciência, arte e prudência.

A ciência (episteme) lidaria com o conhecimento demonstrativo de fenômenos universais e eternos [2]. A arte (techne) estaria a cuidar das coisas que nós usamos ou necessitamos no dia a dia. A prudência (phronesis) visaria estabelecer princípios e metas para uma vida humana boa, plena e justa.

1. SEPARANDO O JOIO DO TRIGO.

Há quem diga que as artes práticas constituem aquilo que nós estamos habituados a rotular de tecnologia. Mas há também quem argumente que o significado da expressão tecnologia moderna é mais restrito, abrangendo tão somente as artes práticas que estão assentadas em uma base de conhecimento científico [3].

1.1. O que é ciência, afinal?

Eis aí uma boa pergunta, a respeito da qual iremos matutar repetidas vezes ao longo deste livro [4]. Cabe desde já, no entanto, estabelecer um ponto de partida seguro, evitando assim armadilhas e mal-entendidos. Vejamos.

Nas palavras de Merton (1979, p. 38-9; grifo meu) [5]:

A palavra ciência é um vocábulo enganosamente amplo, que designa grande diversidade de coisas diversas, embora relacionadas entre si. É usada geralmente para indicar: (1) um conjunto de métodos característicos por meio dos quais os conhecimentos são comprovados; (2) um acervo de conhecimentos acumulados, provenientes da aplicação desses métodos; (3) um conjunto de valores e costumes culturais que governam as atividades chamadas científicas; ou (4) qualquer combinação dos itens anteriores.

1.2. Quem patrocina o parque de diversões?

Ciência e tecnologia são atividades igualmente criativas. E que se influenciam mutuamente. Mas que não haja dúvida: são atividades distintas e que não devem, portanto, ser tratadas como sinônimos. E mais: a força motriz a impulsionar o desenvolvimento tecnológico não é a ciência, mas sim a economia (digo: o mundo dos negócios), como veremos mais adiante [6]. E esta não é bem uma notícia auspiciosa.

Como escreveu Chalmers (1994, p. 161-2):

É inquestionável que uma grande força por trás da direção do desenvolvimento da ciência ocidental é proveniente dos interesses militares e econômicos das agências governamentais e dos interesses aliados das corporações multinacionais. Muitos de nós [desejaríamos] que as coisas fossem diferentes e que a ciência se tivesse desenvolvido em direções mais de acordo com os interesses e as necessidades das pessoas comuns. De qualquer maneira, a ciência tem de ser avaliada e articulada segundo outros interesses e valores. As avaliações e as lutas políticas aí encerradas não são por si só receptivas às soluções científicas.

Há quem descreva a arena científica como um lugar lúdico e prazeroso. Nesse caso, então, bem que nós poderíamos levantar o braço e questionar: “Tudo bem, mas quem patrocina esse parque de diversões?”

1.3. A cristalização da ciência?

A tecnologia tampouco deve ser vista como a materialização, a cristalização ou a mera aplicação prática da ciência.

Nas palavras de Kneller (1980, p. 245-9):

Onde a ciência persegue a verdade, a tecnologia prega a eficiência. Enquanto a ciência procura formular as leis a que a natureza obedece, a tecnologia utiliza essas formulações para criar implementos e aparelhos que façam a natureza obedecer ao homem. [...]
  O principal objetivo da tecnologia é aumentar a eficiência da atividade humana em todas as esferas, incluindo a da produção. A tecnologia produz os mais variados objetos para satisfazer uma gama ainda mais ampla de necessidades, e aperfeiçoa determinados tipos de objetos para satisfazer mais completamente necessidades específicas. A tecnologia aperfeiçoa os objetos tornando-os, por exemplo, mais duradouros, ou mais confiáveis, ou mais sensíveis, ou mais rápidos em seu desempenho, ou uma combinação de tudo isso, dependendo da função do objeto. [...]
  [A] tecnologia só começou a fazer uso significativo da ciência em fins do século XIX, quando a indústria química se apoiou em descobertas científicas, primeiro, para alterar substâncias naturais, como nas indústrias de corantes, fertilizantes e farmacêutica, e, depois, para sintetizar substâncias inteiramente novas mediante a reorganização das moléculas de substâncias existentes.

De resto, ao contrário do que imaginam alguns, a tecnologia não é uma atividade recente (ver Cap. 1). Nem é uma atividade voltada para a produção de objetos modernos ou objetos de rápida obsolescência e descartáveis, como ocorre hoje com tantas quinquilharias eletrônicas. A tecnologia moderna permite que esses artefatos sejam fabricados, mas ela própria não se reduz aos bens e serviços produzidos.

No cômputo final, as diferenças talvez possam ser resumidas da seguinte maneira: a ciência descobre, a tecnologia inventa [7].

Como anotou Solla Price (1976, p. 113-5):

Tal era a crença de [Thomas] Edison. Seu trabalho consistia em inventar, não em descobrir – e isto, de certa maneira, é típico da espécie de diferença em que pretendo que os leitores pensem. Edison se orgulhava do fato de poder alugar os serviços de químicos e matemáticos, se deles necessitasse. Matemáticos e físicos não poderiam, entretanto, alugar-lhe os serviços. Depois daquela época, a situação inverteu-se totalmente. Tornou-se parte da corrida por ‘status’ e de hierarquia o fato de os físicos e matemáticos se sentirem superiores aos químicos e estes aos engenheiros. Edison pode ser desprezado como simples inventor e não considerado como um cientista, a não ser pela descoberta casual do efeito Edison, que tornou possível a válvula – tecnologia, afinal. Que está errado em ser tecnologista? Por que falamos tão naturalmente de ciência ‘pura’, como se fosse suja a tecnologia? É um rebaixamento calculado, assim como falar de mundo ‘livre’ implica em considerar escravos aqueles a quem se fala. [...]
  Ciência e tecnologia são, uma e outra, ocupações altamente criativas. Ambas premiam os capazes de combinar pensamentos de uma forma hábil, que não ocorre às outras pessoas. Edison e [Albert] Einstein estão de inteiro acordo no dizer que a motivação mais forte é, sem dúvida, a de ‘chegar primeiro, antes dos outros’. Contrariamente à crença generalizada de que os cientistas e inventores são estimulados por uma curiosidade natural ou pela esperança de realizar o bem, os levantamentos recentes mostram ser a competição aquilo que atua como incentivo maior.

2. CODA.

Como escrevi em artigo anterior (ver aqui), a ‘corrida maluca’ não é exatamente um problema. O maior problema de viver na arena científica talvez seja o risco de uma ‘facada pelas costas’.

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NOTAS.

[*] O presente artigo foi extraído e adaptado do livro A força do conhecimento & outros ensaios: Um convite à ciência (em processo de finalização). Sobre a campanha Pacotes Mistos Completos (por meio da qual é possível adquirir, sem despesas postais, os quatro livros anteriores do autor), ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para adquirir algum volume específico ou para mais informações, faça contato com o autor pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos ou obter amostras dos livros anteriores, ver aqui.

[1] Livro 6 de Ética a Nicômaco. Versão da obra (em inglês) pode ser lida e capturada na íntegra (gratuitamente) no sítio Internet Archive.

[2] Embora a palavra ciência seja usada há séculos, o termo cientista é de origem recente. Consta que apareceu pela primeira vez em uma resenha publicada anonimamente no periódico britânico The Quarterly Review, em 1834 (ver Ross 1962). O reverendo e polímata inglês William Whewell (1794-1866), autor da resenha, fez a sugestão ao escrever sobre o trabalho e o livro mais recente, On the connexion of the physical sciences (1834), da britânica Mary Somerville (1780-1872). (Ainda que apenas de passagem, Somerville é retratada no filme Mr. Turner [2014], de Mike Leigh.) No comentário a seguir, Ronan (1987, v. 4, p. 7) estaria a se referir à adoção oficial do termo: “O século XIX deveria assistir a grandes desenvolvimentos em todos os ramos da ciência. O surgimento de sociedades científicas especializadas, que suplementavam as academias científicas estabelecidas, denotava o grau de especialização que um conhecimento crescente e técnicas mais elaboradas estavam tornando necessário. Além do mais, a ciência começou a apresentar um aspecto mais público, na medida em que suas consequências práticas se tornavam mais evidentes na vida diária. Provavelmente o fato mais notável foi o desenvolvimento da força do vapor, devido, como vimos, a James Watt, que pôs em prática os estudos de Joseph Black, em Glasgow, ao passo que a nova técnica da engenharia elétrica seria trazida à luz no fim do século XIX pelo trabalho pioneiro de Michael Faraday. E foi durante o século XIX – mais precisamente em 1840, em Glasgow – que se criou a palavra ‘cientista’, de modo bastante apropriado, pela Associação Britânica para o Progresso da Ciência, fundada nove anos antes para organizar um encontro anual em que os cientistas pudessem reunir-se para discutir de forma aberta e acessível o seu trabalho.”

[3] Para detalhes e discussões, ver Kneller (1980) e Ziman (1981).

[4] Para uma introdução, ver Alves (1981) e Chalmers (1993).

[5] Uma sobreposição de significados parecida ocorre com o termo evolução, conforme tratei em outro lugar. Cito (Costa 2019, p. 15): “A expressão evolução orgânica (ou e. biológica) pode ser utilizada em alusão a três coisas: (1) o fato da evolução; (2) as reconstituições da história das linhagens (filogenias); e (3) as mudanças que ocorrem no fundo gênico de populações.”

[6] Em grupos humanos ditos primitivos (contemporâneos ou já desaparecidos), a força motriz do conhecimento não seria a economia, mas sim a ecologia – ver, e.g., Leakey & Lewin (1980) e Lewin (1999).

[7] Se alguma civilização alienígena, algum dia, fizer contato conosco, prevejo que o conhecimento científico deles não se revelará diferente do nosso, ainda que possa ser mais avançado. Toda a diferença entre nós e eles residirá na tecnologia.

*

REFERÊNCIAS CITADAS.

++ Alves, R. 1981. Filosofia da ciência. SP, Brasiliense.
++ Chalmers, AF. 1993 [1982]. O que é ciência, afinal? SP, Brasiliense.
++ ---. 1994[1990]. A fabricação da ciência. SP, Editora Unesp.
++ Costa, FAPL. 2019. O que é darwinismo. Viçosa, Edição do Autor.
++ Kneller, GF. 1980 [1978]. A ciência como atividade humana. RJ, Zahar & Edusp.
++ Leakey, RE & Lewin, R. 1980 [1977]. Origens. SP, Melhoramentos & Editora UnB.
++ Lewin, R. 1999 [1998]. Evolução humana. SP, Atheneu.
++ Merton, RK. 1977 [1973]. La sociologia de la ciencia, 2 v. Madri, Alianza.
++ Ronan, CA. 1987 [1983]. História ilustrada da ciência, 4 v. RJ. J Zahar.
++ Ross, S. 1962. Scientist: The story of a word. Annals of Science 18: 65-85.
++ Solla Price, D. 1976 [1974]. A ciência desde a Babilônia. BH, Itatiaia & Edusp.
++ Ziman, J. 1981 [1977]. A força do conhecimento. BH, Itatiaia & Edusp.

* * *

15 abril 2023

Accuracy and precision

David R. Reeve & Alan Crozier

The nature of all forms of quantitative analysis is statistical rather than absolute. Regardless of the exactness of the method, the instrumentation or the operator, all analysis involve a numbers of uncertainties. As a consequence the results of quantitative analysis tend to approach, but never equal, the true value of the parameter under investigation, and accordingly are best termed estimates. The magnitude and sign of the deviation of an estimate from the true value is the absolute error which can be expressed as a percentage of the true value to give the percentage relative error. Accuracy is defined as the concordance between estimated and true value […], and it follows that both the absolute erro and the percentage relative error provide a measure of accuracy. […]

With precision defined as the concordance between a series of measurements of the same quantity […], it is apparent that precision will provide a measure of the random or indeterminate error of the analytical system.

Fonte: Reeve, DR & Crozier, A. 1980. Quantitative analysis of plant hormones. In: J MacMillan, ed. Hormonal regulation of development I. Berlin, Springer.

13 abril 2023

El universo entero está en evolución

Richard Lewontin

Los sistemas naturales que cambian a lo largo del tiempo, que evolucionan, lo hacen a través de dos mecanismos muy distintos. Algunos, como las estrellas, sufren una evolución transformacional; otros, como los organismos vivos, evolucionan en un proceso variacional. Se producen cambios transformacionales cuando cada miembro del sistema atraviesa la misma sucesión de estadios. El conjunto cambia porque todos los individuos se están desarrollando. El conjunto de los niños nacidos en 1960 se convirtió en una población de adultos en 1981 porque todos ellos siguieron un programa de desarrollo que los conviertió en tales. Las estrellas evolucionan en un proceso de combustión, pasando de estrellas de la secuencia principal a gigantes rojas, luego a enanas blancas y finalmente a masas muertas. El universo entero está en evolución; cada una de las estrellas que lo forman (nuestro propio Sol también) se va transformando al paso del tiempo.

Fonte: Lewontin, R. 1984. La diversidade humana. Barcelona, Labor.

12 abril 2023

16 anos e meio no ar

F. Ponce de León

Nesta quarta-feira, 12/4, o Poesia Contra a Guerra completa 16 anos e seis meses no ar.

Desde o balanço anterior – ‘16 anos e cinco meses no ar’ – foram publicados aqui pela primeira vez textos dos seguintes autores: Adil Rainier Alves, Dermeval Saviani, Ian Stewart, Joseph Needham, Marva Jan Marrow e Rubens Leite Vianello. Além de material de autores que já haviam sido publicados antes.

Cabe ainda registrar a publicação de imagens de obras dos seguintes artistas: Ivana Kobilca, Jean-François Raffaëlli, Maria Slavona e Philippe-Auguste Hennequin.

10 abril 2023

Marechal Pérignon


Philippe-Auguste Hennequin (1762-1833). Le maréchal Catherine-Dominique de Pérignon. 1804.

Fonte da foto: Wikipedia.

08 abril 2023

Las matemáticas y las ciencias en China y en Occidente

Joseph Needham

El nacimiento del método matemático-experimental, que surgió con Galileo en su forma casi perfecta y que condujo a todos los desarrollos de la ciencia y la tecnología modernas, plantea al historiador de la ciencia uno de los problemas más importantes y complejos. Aunque no podemos aquí tratarlo debidamente, no estará de más que lo examinemos brevemente, pues sólo de este modo podemos hacernos una idea de cómo, exactamente, las matemáticas y la ciencia natural se unieron en el Renacimiento y hasta qué punto permanecieron separadas en la anterior sociedad medieval (y en la China). Si disecamos el método galileano, hallamos que comprende las siguientes fases:

1. Selección, entre los problemas en discusión, de aspectos específicos expresables en términos cuantitativos.

2. Formulación de una hipótesis que involucre una relación matemática (o su equivalente) entre las magnitudes observadas.

3. Deducción de ciertas consecuencias, a partir de la hipótesis, que se hallen dentro del ámbito de la verificación práctica.

4. Observación, seguida de un cambio de las condiciones, seguido a su vez, por una nova observación, es decir, experimentación, que incluya, en lo posible, la medición de magnitudes numéricas.

5. Aceptación o rechazo de la hipótesis postulada en 2. Una hipótesis aceptada sirve luego como punto de partida para nuevas hipótesis y su sometimiento a pruebas. (Aquí entró gradualmente, con creciente confianza, el elemento de la ‘predicción’ científica.)

Fonte: Barnes, B, ed. 1972. Estudios sobre sociología de la ciencia. Madri, Alianza. Excerto de artigo originalmente publicado em 1956.

07 abril 2023

Chocolate kings

Marva Jan Marrow

When I was born they came to free us
To heal our battle wounds
With photographs of big fat mama
The chocolate kings arrived
To feed us full of good intentions
And fatten us with pride
Stars and candy bars!

Shirley Temple dipped her dimples
In favourite nursery rhymes
Big mama’s love was pure and simple
And gentle dollar signs
Sang out lullabies

So sorry
Her superman is losing fans
And I am so sorry
So sorry
They’ve packed her bags
They’ve stacked her flags
And we are so sorry

Her supermarket kingdom is falling
Her war machines on sale
No one left to worship the heroes
Her TV gods have failed
Hope she takes a look in the mirror
While she is on her way home

New you and I know big fat mama
She took us for a ride
But musclemen are out of business
The chocolate kings are dying
You don’t wanna waste your life for chocolate heaven
You like to stay alive

Fonte: álbum Chocolate Kings (1975), da banda Premiata Forneria Marconi.

05 abril 2023

A taxa de crescimento no número de casos tornou a subir e está agora em 0,0232%

Felipe A. P. L. Costa [*].

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas (mundiais e nacionais) a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). Em escala planetária, já foram registrados 684,3 milhões de casos e 6,834 milhões de mortes [1]; em escala nacional, 37,32 milhões de casos e 700,6 mil mortes. Preocupa saber que, em âmbito doméstico, após três semanas de queda, a taxa de crescimento no número de casos tornou a subir, passando de 0,0207% para 0,0232%.

*

1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas na manhã de hoje (5/4), eis um resumo da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 684.312.320) e 69% das mortes (de um total de 6.833.907) [2].

(B) – Nesses 20 países, 488 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 96% dos casos. Em escala global, 657,3 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 11 grupos: (a) Entre 100 e 110 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 35 e 40 milhões – França, Alemanha e Brasil; (d) Entre 30 e 35 milhões – Japão e Coreia do Sul; (e) Entre 25 e 30 milhões – Itália; (f) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Rússia; (g) Entre 15 e 20 milhões – Turquia (estatísticas congeladas); (h) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (i) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã, Austrália, Argentina e Taiwan; (j) Entre 8 e 10 milhões – Países Baixos; e (k) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México e Indonésia.

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 26/3-1/4.

Na semana encerrada no último domingo (26/3-1/4), de acordo com estatísticas que só foram divulgadas ontem (4/4) pelo Ministério da Saúde, foram registrados em todo o país mais 60.591 casos e 317 mortes.

Em relação aos números da semana anterior, a primeira estatística subiu e a segunda caiu (19-25/3: 53.986 casos e 322 mortes).

Teríamos chegado assim a um total de 37.319.254 casos e 700.556 mortes.

Preocupa saber que as taxas de crescimento pararam de cair. A saber: a primeira subiu de 0,0207% para 0,0232%, enquanto a segunda permaneceu estacionária, passando de 0,0066% para 0,0065%.

3. CODA.

Prossegue a luta contra a pandemia. Máscaras e vacinas seguem sendo as melhores armas que nós temos para (i) impedir a ocorrência de surtos locais; e (ii) impedir o surgimento de novidades evolutivas que venham a promover uma nova e repentina escalada dos números. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

*

NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] Todas as estatísticas estão a ser extraídas agora do painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA), e não mais do painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA). Os dois painéis concordavam em quase tudo, com apenas uma ou outra exceção. A diferença mais gritante estava nas estatísticas chinesas: Tanto no número de casos como no de mortes, o painel que agora estou a seguir registra apenas o equivalente a um quinto ou um décimo dos números que eram registrados no outro painel.

[2] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.

* * *

03 abril 2023

Casas em Montmartre


Maria Slavona (1865-1931). Häuser am Montmartre. 1898.

Fonte da foto: Wikipedia. Maria Slavona é pseudônimo artística de Marie Dorette Caroline Schorer.

01 abril 2023

Quadros em movimento

Ian Stewart

A lenda afirma que a técnica fotográfica nasceu de uma aposta envolvendo um cavalo. Na década de 1870, o magnata das ferrovias Leland Stanford fez uma aposta de 25 mil dólares de que algumas vezes, ao trotar, um cavalo fica com as quatro patas completamente no ar, sem tocar o solo. Para decidir a questão, um fotógrafo, que ao nascer recebera o nome de Edward Muggeridge mas o trocou para Eadweard Muybridge, fotografou as diferentes fases do trote de um cavalo, colocando uma sequência de câmeras em linha reta com fios que as acionavam quando, ao trotar, o animal os tocava. Dizem que Stanford ganhou a aposta. Seja qual for a verdade da história, o que realmente sabemos é que Muybridge prosseguiu e tornou-se pioneiro do estudo científico do modo de andar. Ele também adaptou um dispositivo mecânico conhecido como zoetrope para mostrar os modos de andar como ‘quadros em movimento’, uma senda que em pouco tempo [o] conduziu a Hollywood. Assim Muybridge criou uma ciência e uma arte.

Stewart, I. 1996. Os números da natureza. RJ, Rocco.

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