04 fevereiro 2025

A história dos povos sem história

Henri Moniot

Havia a Europa, e nisso se resumia a história. Por cima e à distância algumas ‘grandes civilizações’ que seus textos, suas ruínas, às vezes seus laços de parentesco, de trocas, de herança com a Antiguidade Clássica, nossa mãe, ou a amplidão das massas humanas, que eles opuseram aos poderes e à atenção dos europeus, faziam com que fossem admitidas à margem do império de Clio, aos bons cuidados do orientalismo apaixonado pela filologia e pela arqueologia monumental, e comumente consagrado à ostentação das ‘invariantes’ espirituais. O que resta: povoações sem história, sobre o que estavam de acordo o homem da rua, os manuais e a Universidade.

Tudo isso foi mudado. Há dez ou quinze anos, por exemplo, a África negra entra forçosamente no campo dos historiadores. O que se passou e como isso foi possível?

Fonte: Moniot, H. 1979. In: Le Goff, J. & Nora, P., orgs. 1979. História: novos problemas, 2ª ed. RJ, Francisco Alves.

02 fevereiro 2025

To the virgins, to make much of time

Robert Herrick

Gather ye Rose-buds while ye may,
  Old Time is still a-flying:
And this same flower that smiles to day
  To morrow will be dying.

The glorious Lamp of Heaven, the Sun,
  The higher he’s a getting;
The sooner will his Race be run,
  And nearer he’s to Setting.

That Age is best, which is the first,
  When Youth and Blood are warmer;
But being spent, the worse, and worst
  Times, still succeed the former.

Then be not coy, but use your time;
  And while ye may, go marry:
For having lost but once your prime,
  You may for ever tarry.

Fonte (v. 1-4): Carpeaux, OM. 2011. História da literatura ocidental, vol. 2, 4ª ed. Brasília, Senado Federal. Poema publicado em livro em 1648.

01 fevereiro 2025

Quem se importa?

Fay Weldon

Quem se importa com meio segundo após o big-bang; que tal o meio segundo anterior?

Fonte: Davies, P. 1999. O enigma do tempo. RJ, Ediouro.

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