A lua, – a saudade que o sol deixa na alma do espaço – pelas águas do lago vai levando a doidice errante de seu passo, como uma virgem nua, delirante, em um sonho arcangélico e vago.
Há camélias de luz florindo entre a água verde-escura.
E, como um triste cisne preto, pela bruma, passa a visão sonâmbula de Hamleto, despetalando, uma por uma, todas as rosas de um jardim de sonho e de loucura... Fonte: Ricieri, F., org. 2008. Antologia da poesia simbolista e decadente brasileira. SP, Ibep. Poema publicado em livro em 1923.
RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 15 e 21/8, as taxas ficaram em 0,0478% (casos) e 0,0233% (mortes). Ambas seguem a declinar: aquela caiu pela sétima semana consecutiva; esta, pela quinta. Continua de pé a hipótese de que essas quedas se devem à manutenção (ao menos por parte de uma parcela mínima da população) de hábitos básicos de higiene (em especial o uso de máscara).
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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.
Levando em conta as estatísticas obtidas no início da noite ontem (21/8) [1], eis um balanço da situação mundial.
(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 596.060.319) e 70% das mortes (de um total de 6.453.538) [3].
(B) – Nesses 20 países, 411 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 94% dos casos. Em escala global, 575 milhões de indivíduos já receberam alta.
(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista passou a ser liderada pelo Japão, com 5,77 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: Estados Unidos (3,11 milhões), Coreia do Sul (3,03), Alemanha (1,48) e Turquia (1,15). O Brasil (709 mil) está na 9ª colocação; e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (13,14 mil); em seguida aparecem Brasil (5,6 mil), Japão (4,96), Reino Unido (4,32) e Itália (3,86).
2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 15-21/8/22.
Ontem (21/8), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 5.079 casos e 47 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 34.284.864 casos e 682.549 mortes.
Na semana encerrada ontem (15-21/8), foram registrados 114.578 casos e 1.112 mortes. (Na semana anterior, 8-14/8, foram 151.915 casos e 1.441 mortes.)
3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.
Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes. Ambas seguem a recuar.
Vejamos os resultados mais recentes.
A taxa de crescimento no número de casos tornou a cair, e a cair bastante, pois recuou de 0,0637% (8-14/8) para 0,0478% (15-21/8) (ver a figura que acompanha este artigo) [5].
A taxa de crescimento no número de mortes, pela primeira vez em muitas semanas, também caiu bastante, recuando de 0,0302% (8-14/8) para 0,0233% (15-21/8).
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FIGURA. Comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 21/8/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.
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4. CODA.
A taxa de casos tornou a cair, agora pela sétima semana consecutiva. A taxa de mortes recuou pela quinta semana consecutiva.
Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia. Afinal, seus efeitos estão a se impor. Seja contra a propagação continuada do vírus, seja contra a inércia e as mentiras de alguns governantes. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)
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NOTAS.
[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.
[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).
[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido, Coreia do Sul e Itália; (e) Entre 15 e 20 milhões – Rússia, Japão e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Austrália, Argentina e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Indonésia e Colômbia.
[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.
[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: oito unidades federativas (DF, MA, MG, MT, RJ, RN, RR e TO) não divulgaram as estatísticas de domingo (21/8). Juntas, essas oito unidades respondem por 28% dos casos e 28% das mortes registradas em todo o país. O que me leva a estimar que ao menos 1.956 casos e 18 mortes deixaram de ser informados ontem (21/8).
[5] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).
Quando uma rocha aflora à superfície da terra, é submetida à ação de agentes atmosféricos e biológicos. As primeiras etapas de sua transformação em solo se processam através de um crescente fragmentar por meio da desintegração física, como por hidratação e outras formas de decomposição química, mais complexas, o que não dá origem a um solo, mas cria apenas um manto de intemperismo, que constitui o material gerador de solos. Ao mesmo tempo que isso ocorre com as rochas, alguns de seus componentes, facilmente solúveis, contribuem para a nutrição de micro-organismos invasores. Estes últimos, com o transcurso do tempo, aumentam de vulto e complexidade de forma de vida, crescendo os efeitos que exercem sobre o referido manto de intemperismo.
A parte desse manto próxima à superfície é a mais afetada por tais organismos e pelos sucessivos vegetais superiores. É também a mais sensível às variações diárias e sazonais dos fatores climáticos. Estes é que primeiro influenciam o ritmo de formação do complexo de desintegração (mecânica) e decomposição (química). Em seguida, as condições de vida das plantas e organismos invasores e, por fim, o clima e os vegetais em conjunto condicionam a formação e diferenciação dos horizontes do solo e produzem um perfil de solo. Fonte: Bunting, B. T. 1971 [1965]. Geografia do solo. RJ, Zahar.
A divisão das horas do dia, na Europa da Alta Idade Média, não era homogênea, pois possuía um caráter simbólico: a parte clara do dia era dividida em doze partes, assim como a noite, independente da época do ano. Às seis horas da manhã rezava-se pelo nascer do novo dia; no meio do dia marcava-se o momento em que o Sol estava mais alto; às seis horas, preces para garantir uma boa jornada durante a noite. A Igreja mantinha em seus campanários os relógios, que mais serviam para mostrar a riqueza e o poder religioso e a perfeição da obra divina refletida na habilidade e inteligência do homem, feito à imagem e semelhança do seu Criador, do que para marcar o intervalo de tempo como hoje conhecemos. Os relógios de Igreja não eram precisos, atrasavam vários minutos em uma única hora, mas mostravam um espetáculo à parte com os seus mecanismos engenhosos. A precisão não imperava como hoje, em que a medida do padrão horário tem um rigor jamais visto em toda a história da humanidade.
O crescimento da vida nas cidades, entretanto, trouxe mudanças sociais que implicavam mudanças nas concepções de tempo e de espaço. A nova divisão do trabalho e a conquista do poder urbano por parte da burguesia fizeram surgir outro tempo, que contrasta com o tempo da Igreja: é o tempo do mercador, com o aparecimento dos relógios comunais em fins do século XIII [...]. Esse tempo é regido pelo relógio mecânico que divide o dia em horas de mesma duração, independente da estação do ano. Nesse momento, o caráter simbólico do tempo eclesiástico começa a perder espaço. O que rege o tempo, agora, é o mecanismo do relógio. Há como que uma certa democratização da hora: todas as horas têm a mesma duração e, se antes era o valor simbólico que definia o intervalo entre horas consecutivas, agora o artefato construído pelo homem fornece a passagem do tempo de forma contínua e suave. O dia não nasce sempre às seis horas nem termina às 18, pois o comércio entre as cidades não pode estar sujeito às estações [...]. Fonte: Lins de Barros, H. 2000. Entropia e vida: a questão do tempo linear. In: El-Hani, C. N. & Videira, A. A. P. (orgs.) O que é vida? RJ, Relume Dumará.
Fortuna, por meu mal, me tem mudado Todo o prazer da vida em dissabor; Pois, onde ponho meu maior cuidado, Logo ela põe tristezas e amargor.
Por que será que, em danos, o meu Fado Vem convertendo sempre? Acaso, Amor Só traz doçura, quando desolado, Só tem perfume, quando tem travor?
Mas quem será que um brando e leve crime Me fez pagar com penas dolorosas? Será Fortuna, mesmo, que me oprime
A alma cheia de errores, ou serão Essas ondas geladas, caprichosas, Que andam boiando em vosso coração? Fonte (v. 11-14): Ferreira, A. B. H. 2009. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, 4ª ed. Curitiba, Positivo. Poema publicado em livro em 1919.
Se uma hipótese for rejeitada quando deveria ser aceita, diz-se que foi cometido um erro do Tipo I. Se, por outro lado, for aceita uma hipótese que deveria ser rejeitada, diz-se que foi cometido um erro do Tipo II. Em ambos os casos ocorreu uma decisão errada ou um erro de julgamento.
Para que quaisquer testes de hipóteses ou regras de decisão sejam bons, eles devem ser planejados de modo que os erros de decisão sejam reduzidos ao mínimo. Isso não é tarefa simples, porquanto para um dado tamanho de amostra, a tentativa de diminuir um certo tipo de erro é acompanhada, em geral, pelo acréscimo de outro tipo. Na prática, um tipo de erro pode ser mais importante do que outro, de modo que se deve procurar uma acomodação que favoreça a limitação do erro mais sério. O único caminho para a redução de ambos os tipos de erros consiste em aumentar o tamanho da amostra, o que pode ou não ser possível. Fonte: Spiegel, M. R. 1971 [1961]. Estatística. SP, McGraw-Hill.
O marmóreo Palácio, que, nos turvos canais, grava sua brancura como visão de encanto, dorme: já a noite o envolve em seu sedoso manto e uma Lua coquete ri-se nos seus cristais.
Uma gôndola sulca as águas sepulcrais; risonho bandolim tange um galante engenho; abrem-se gelosias; e o amoroso empenho corre escadas rangentes e prepara punhais.
Beijo, suspiro, arrulho. (Diálogo de pombas...) Rasga a dama ao amor a estreita vestidura, e saltam livremente suas virgíneas pomas...
Distante remo turba a quietude... Uma terna fuga entre abraços; e eis que, em meio à noite escura, por sobre a água estremece a luz de uma lanterna. Fonte: Horta, A. B. 2016. Do que é feito o poeta. Brasília, Thesaurus. Poema escrito em 1911.
Nesta sexta-feira, 12/8, o Poesia Contra a Guerra completa 15 anos e dez meses no ar.
Desde o balanço anterior – ‘15 anos e nove meses no ar’ – foram publicados aqui pela primeira vez textos dos seguintes autores: Alison Jolly, Bert Bolin, Luciane Maria Pereira Passaglia, Pierre-Louis Moreau de Maupertuis, Sören Kiergegaard e Wilfred Owen. Além de outros nomes que já haviam sido publicados antes.
Cabe ainda registrar a publicação de imagens de obras dos seguintes pintores: María Blanchard e Zacharie Astruc.
Não poderíamos dizer que, na combinação fortuita das produções da natureza, uma vez que só podiam sobreviver as criaturas em cuja organização estava presente certo grau de adaptação, nada há de extraordinário no fato de que tal adaptação é realmente encontrada em todas as espécies que existem atualmente? Poderíamos dizer que o acaso produziu vasto número de indivíduos; que uma pequena proporção deles foi organizada de tal maneira que os órgãos dos animais pudessem satisfazer suas necessidades. Número muito maior não mostrou adaptação ou ordem; pereceram todos. (...) Assim, as espécies que vemos hoje constituem apenas pequena parte das que o destino cego produziu. Fonte: Hardin, G., org. 1967. População, evolução & controle da natalidade. SP, Nacional & Edusp. Excerto de livro originalmente publicado em 1750.
RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 1 e 7/8, as taxas ficaram em 0,0778% (casos) e 0,0312% (mortes). Ambas estão em declínio: aquela caiu pela quinta semana consecutiva; esta, pela terceira. Continuo a sustentar a hipótese de que essas quedas se devem à retomada de hábitos básicos de higiene (em especial o uso de máscara).
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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.
Levando em conta as estatísticas obtidas na noite de ontem (7/8) [1], eis um balanço da situação mundial.
(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 73% dos casos (de um total de 584.518.489) e 70% das mortes (de um total de 6.417.945) [3].
(B) – Nesses 20 países, 400 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 93% dos casos. Em escala global, 560 milhões de indivíduos já receberam alta.
(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista passou a ser liderada pelo Japão, com 4,44 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: Estados Unidos (3,52 milhões), Alemanha (2,21), Coreia do Sul (1,98) e Itália (1,93); e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (13,16 mil); em seguida aparecem Brasil (6,4 mil), Reino Unido (4,4), Itália (4,0) e Alemanha (3,0).
2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 1-7/8/22.
Ontem (7/8), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 7.198 casos e 57 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 34.018.371 casos e 679.996 mortes.
Na semana encerrada no domingo (1-7/8), foram registrados 184.688 novos casos e 1.483 mortes. (Na semana anterior, 25-31/7, foram 242.327 casos e 1.549 mortes.)
3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.
Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes.
Vejamos os resultados mais recentes.
A taxa de crescimento no número de casos teve uma queda expressiva, caindo de 0,1027% (25-31/7) para 0,0778% (1-7/8) (ver a figura que acompanha este artigo) [5].
A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, recuou de 0,0327% (25-31/7) para 0,0312% (1-7/8).
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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 7/8/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.
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4. CODA.
A taxa de casos tornou a cair, agora pela quinta semana consecutiva. A taxa de mortes recuou pela terceira semana consecutiva.
Máscaras e vacinas seguem na ordem do dia. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)
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NOTAS.
[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.
[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).
[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido, Itália e Coreia do Sul; (e) Entre 15 e 20 milhões – Rússia e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Japão e Espanha; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Austrália, Argentina e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Colômbia e Indonésia.
[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.
[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: sete unidades federativas (DF, MA, MG, MT, RJ, RR e TO) não divulgaram as estatísticas de domingo (1/8). Juntas, elas respondem por 26% dos casos e 27% das mortes registradas em todo o país. O que me leva a propor que ao menos 2.558 casos e 21 mortes deixaram de ser informados ontem (7/8).
[5] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).
Um anjo passa? Que silêncio ainda ousar? De que asa a asa assim perpassa num remorso de neve e de luar? Ainda? Ainda? Por que passa assim
perdido e lento, ao roçagar das largas nuvens fremindo o sopro doutra fina aragem, esgarçando a gasta fímbria raiada pela túnica da graça?
Qual oram mudos lábios de amor lassos num murmúrio de morte um anjo passa. Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1980.
RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas mundiais a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). No caso específico do Brasil, o artigo também atualiza os valores das taxas de crescimento. Entre 25 e 31/7, as taxas ficaram em 0,1027% (casos) e 0,0327% (mortes). Ambas estão em declínio: aquela caiu pela quarta semana consecutiva; esta, pela segunda. Ouso dizer que ao menos parte dessas quedas se deve à retomada de hábitos básicos de higiene (notadamente o uso de máscara).
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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.
Levando em conta as estatísticas obtidas na noite de ontem (31/7) [1], eis um balanço da situação mundial.
(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados [2] estão a concentrar 73% dos casos (de um total de 577.244.639) e 70% das mortes (de um total de 6.400.115) [3].
(B) – Nesses 20 países, 394 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 93% dos casos. Em escala global, 552 milhões de indivíduos já receberam alta.
(C) – Olhando apenas para as estatísticas das últimas quatro semanas, eis um resumo da situação: (i) em números absolutos, a lista está a ser liderada pelos Estados Unidos, com 3,46 milhões de novos casos; (ii) entre os cinco primeiros da lista, estão ainda os seguintes países: Japão (3,22 milhões), França (2,59), Alemanha (2,46) e Itália (2,31); e (iii) a lista dos países com mais mortes segue a ser liderada pelos EUA (11,96 mil); em seguida aparecem Brasil (6,63 mil), Reino Unido (3,56), Itália (3,52) e Alemanha (2,68).
2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 25-31/7/22.
Ontem (31/7), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país mais 20.096 casos e 27 mortes [4]. Teríamos chegado assim a um total de 33.833.683 casos e 678.513 mortes [5].
Na semana encerrada no domingo (25-31/7), foram registrados 242.327 novos casos e 1.549 mortes. (Na semana anterior, 18-24/7, foram 290.238 novos casos e 1.617 mortes.)
3. O RITMO DA PANDEMIA EM TERRAS BRASILEIRAS.
Para monitorar de perto o ritmo e o rumo da pandemia, sigo a usar como guias as taxas de crescimento no número de casos e de mortes.
Vejamos os resultados mais recentes.
A taxa de crescimento no número de casos caiu de 0,1240% (18-24/7) para 0,1027% (25-31/7) (ver a figura que acompanha este artigo) [6].
A taxa de crescimento no número de mortes, por sua vez, caiu de 0,0342% (18-24/7) para 0,0327% (25-31/7).
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FIGURA. O comportamento das médias semanais das taxas de crescimento no número de casos (pontos em azul escuro) e no número de óbitos (pontos em vermelho escuro) em todo o país (valores expressos em porcentagem), entre 12/9/2021 e 31/7/2022. (Para resultados anteriores, ver aqui.) Note que alguns pares de pontos são coincidentes ou quase isso.
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4. CODA.
A taxa de casos tornou a cair, agora pela quarta semana consecutiva. A taxa de mortes, por sua vez, caiu pela segunda semana consecutiva.
Ouso dizer que ao menos parte dessas quedas se deve à retomada de hábitos básicos de higiene (notadamente o uso de máscara). Em outras palavras: Máscaras e vacinas estão a se impor na luta contra a mentira e a morte. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio, notadamente no interior de recintos fechados, é o uso correto de máscara facial.)
*
NOTAS.
[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço meiterer@hotmail.com. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.
[1] Como comentei em ocasiões anteriores, as estatísticas de casos e de mortes estão a seguir o painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA), enquanto as de altas estão a seguir o painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA).
[2] Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 9 grupos: (a) Entre 90 e 95 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 30 e 35 milhões – França, Brasil e Alemanha; (d) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido e Itália; (e) Entre 15 e 20 milhões – Coreia do Sul, Rússia e Turquia; (f) Entre 12 e 15 milhões – Espanha e Japão; (g) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã; (h) Entre 8 e 10 milhões – Argentina, Austrália e Países Baixos; e (i) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México, Colômbia e Indonésia.
[3] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Sobre o cálculo das taxas de crescimento, ver qualquer um dos três primeiros volumes.
[4] Esses valores, infelizmente, são subestimativas. Explico: 9 unidades federativas (CE, DF, MA, MG, MT, PA, RJ, RR e TO) não divulgaram as estatísticas de domingo (31/7). Juntas, elas respondem por 33% dos casos e 34% das mortes registradas em todo o país. O que me leva a propor que ao menos 9.739 casos e 14 mortes deixaram de ser informados ontem (31/7).
[5] Compare com as estimativas apresentadas em artigo anterior – ver aqui.
[6] Para conferir os valores numéricos, ver aqui (entre 27/12/2021 e 26/6/2022) e aqui (semanas anteriores).
Los organismos capaces de utilizar anhídrido carbónico como su única fuente de carbono se conocen como autótrofos. Aquellos que utilizan energía luminosa para reducir el anhídrido carbónico se llaman fototróficos; y aquellos que usan la energía almacenada en los enlaces químicos inorgánicos – por ejemplo, los enlaces de nitratos y sulfatos – se llaman quimiotróficos. Sin embargo, la mayor parte de los organismos necesitan para su crecimiento moléculas orgánicas previamente formadas; por tanto, se les conoce como heterótrofos. Las bacterias no sulfurosas son un grupo poco común que es, al mismo tiempo, fotosintético y heterotrófico. Los organismos quimioheterotrófos, por ejemplo animales, obtienen su energía de compuestos orgánicos sin necesidad de luz. Un organismo puede ser aerobio o anaerobio sin tener en cuenta su fuente de carbono o de energía. Por eso algunos quimioheterotrófos anaerobios pueden subsistir en las profundidades del océano y lagos profundos en ausencia total de luz o de oxígeno libre. Fonte: Bolin, B. 1972 [1970]. In: Scientific American, org. La biosfera. Madri, Alianza.